Mercados

Wall Street salta com expectativa de corte nos juros; Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio

24 nov 2025, 18:10 - atualizado em 24 nov 2025, 19:11
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(Imagem: 400tmax/Getty Images Signature)

Os índices em Wall Street estenderam os ganhos da sessão anterior e tiveram mais um dia de fortes ganhos, com novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) — que reforçaram as apostas de corte nos juros em dezembro.

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O avanço nas conversas entre o governo Trump e a China e a retomada de otimismo com a Inteligência Artificial (IA) também dividiram as atenções.

Confira o fechamento dos índices:

  • Dow Jones: +0,44%, aos 46.448,27 pontos;
  • S&P 500: +1,55%, aos 6.705,12 pontos; 
  • Nasdaq: +2,69%, aos 22.872,00 pontos.

Em destaque, o índice Nasdaq encerrou a sessão com o melhor desempenho diário desde maio, apoiado por salto de mais de 6% das ações da Alphabet. Na semana passada, a dona do Google anunciou uma nova versão da sua plataforma de IA, o Gemini 3.

Além disso, o mercado reagiu a uma reunião interna “vazada” da Nvidia. Na ocasião, o CEO Jesen Huang afirmou que a empresa vive em um “beco sem saída” em relação à possível bolha de IA. As informações são do site Business Insider.

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“Se tivéssemos apresentado um trimestre ruim, isso seria prova de que existe uma bolha de IA. Se tivéssemos apresentado um trimestre excelente, estaríamos alimentando a bolha de IA”, disse ele aos funcionários. “Se tivéssemos ficado um pouco abaixo, se tivéssemos parecido um pouco instáveis, o mundo inteiro teria desmoronando.”

O que movimentou Wall Street?

O apetite a risco se estendeu nos mercados com o aumento da aposta de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.

Dessa vez, o diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, afirmou que dados disponíveis indicam que o mercado de trabalho norte-americano continua fraco o suficiente para justificar outro corte nos juros na próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece entre os dias 9 e 10 de dezembro.

Desde a última reunião do Fed, segundo ele, “a maior parte dos dados do setor privado e dos dados anedóticos que obtivemos é que nada realmente mudou. O mercado de trabalho está fraco. Ele continua enfraquecido”, e espera-se que a inflação diminua, disse Waller no programa Mornings with Maria, da Fox Business.

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Ele ainda afirmou que cortar os juros em “janeiro pode ser um pouco mais complicado, porque teremos uma enxurrada de dados sendo divulgados”.

“Se eles [os dados] forem consistentes com o que temos visto, então é possível defender janeiro. Mas se, de repente, os dados mostrarem uma recuperação da inflação ou do emprego ou se a economia estiver decolando, isso pode gerar preocupação” quanto a um novo corte nas taxas, acrescentou Waller.

Perto do fechamento, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 80,9% de chance de o Fed reduzir os juros para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Na última sexta-feira (24), a probabilidade era de 71,0%. Por sua vez, a expectativa de manutenção dos juros caiu de 29,0% para 19,1% hoje.

As questões geopolíticas também dividiram as atenções. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que teve uma ligação telefônica “muito boa” com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta segunda-feira (24), durante a qual os líderes discutiram a guerra na Ucrânia, o tráfico de fentanil e um acordo para os agricultores.

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“Fizemos um bom e muito importante acordo para nossos Grandes Agricultores – e ele só vai melhorar. Nosso relacionamento com a China é extremamente forte!”, disse ele em uma postagem no Truth Social. Trump também disse que havia aceitado o convite de Xi para visitar a China em abril e que Xi visitaria os EUA mais à frente no ano.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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