Mercados

Wall Street nas máximas históricas: S&P 500 e Nasdaq renovam recordes com acordos tarifários

27 jun 2025, 17:13 - atualizado em 27 jun 2025, 17:23
Wall street treasuries
Wall Street renovou as máximas históricas com a perspectiva de corte nos juros pelo Fed e acordo comercial com a China; fiscal volta ao radar (Foto: Reuters/Andrew Kelly/File Photo)

Wall Street enfrentou uma sessão volátil nesta sexta-feira (27) com a interrupção das negociações entre os Estados Unidos e o Canadá e as discussões no Senado norte-americano para a tramitação do pacote de gastos do presidente Donald Trump no fim de semana.

O avanço de acordos comerciais com a China e o tom positivo das ações de tecnologia, por sua vez, patrocinaram nov0s recordes em Nova York. Os índices S&P 500 e Nasdaq, que  renovaram as máximas intradia logo após a abertura, encerraram o pregão no maior nível histórico.

Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: +1,00%, aos 43.819,27 pontos;
  • S&P 500: +0,52%, aos 6.173,07 pontos — maior nível histórico; 
  • Nasdaq: +0,52%, aos 20.273,46 pontos — maior nível histórico.

O que movimentou Wall Street hoje?

As máximas de Wall Street foram impulsionadas pelo avanço das negociações comerciais dos Estados Unidos e o possível novo adiamento das tarifas recíprocas.

Na noite de quinta-feira (26), o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse que um acordo comercial entre a China e os EUA havia sido finalizado em entrevista à Bloomberg News. Lutnick ainda disse que o governo Trump espera fechar acordos com 10 grandes parceiros comerciais em breve.

Também na véspera, Trump anunciou um acordo com a China, mas sem dar detalhes. Logo após a declaração, um funcionário da Casa Branca esclareceu que ele quis dizer que Pequim concordou com “um entendimento adicional de uma estrutura para implementar o acordo de Genebra”.

Já nesta sexta-feira (27), o Ministério do Comércio chinês disse os dois países confirmaram uma estrutura comercial que permitiria a exportação de terras raras para os EUA e aliviaria as restrições tecnológicas.

Ao longo do dia, Trump fez novas declarações sobre os acordos tarifários. Ele afirmou que o prazo final para as negociações, em 9 de julho, “não é uma data fixa”. “Podemos fazer o que quisermos. Podemos estender o prazo. Podemos encurtá-lo. Eu gostaria que fosse mais curto. Gostaria apenas de enviar cartas a todos: Parabéns, vocês estão pagando 25%”, disse ele aos repórteres na Casa Branca.

No final da tarde, Trump anunciou o fim das negociações com o Canadá.

Os acordos tarifários ofuscaram os dados econômicos. Segundo o Departamento do Comércio do país, o Índice de Preços ao Consumidor (PCE, na sigla em inglês), que é a referência inflacionária do Federal Reserve (Fed), subiu 0,1% em mai0 na base anual.

No acumulado de 12 meses, a inflação acumula alta de 2,3% — acima da expectativa do mercado e da meta de 2% perseguida pelo Banco Central norte-americano.

O dado reforçou as expectativas de corte nos juros ainda neste ano, com alguns agentes financeiros já apostando em uma eventual redução na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece em julho. Setembro, porém, segue como a aposta majoritária do mercado, com mais de 90% de chance de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group.

Outro dado econômico também movimentou Wall Street: o índice de sentimento do consumidor. O dado subiu 60,7 em junho na leitura final da Universidade de Michigan, superando as expectativas do mercado.

Cenário fiscal de volta ao radar

O cenário fiscal dos Estados Unidos retornou ao radar dos investidores no final da tarde desta sexta-feira  (27). Segundo o Politico, os republicanos do Senado estão planejando fazer uma votação inicial neste final de semana para aprovar o pacote orçamentário de Donald Trump, chamada por ele de “Beautiful Bill”.

A matéria foi aprovada pela Câmara dos Representantes em maio e deve elevar o déficit dos EUA para 7,8% do PIB do país na próxima década.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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