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Wall Street: S&P 500 e Nasdaq renovam recordes pela 2ª sessão consecutiva com acordos comerciais e expectativa de corte nos juros pelo Fed

30 jun 2025, 17:29 - atualizado em 30 jun 2025, 17:38
Wall street treasuries
Wall Street renovou as máximas históricas com a perspectiva de corte nos juros pelo Fed e retomada de conversas com o Canadá (Foto: Reuters/Andrew Kelly/File Photo)

Wall Street seguiu em forte ritmo de ganhos e renovou os recordes históricos pela segunda sessão consecutiva. As negociações tarifárias, expectativas de corte nos juros pelo Federal Reserve e as discussões no Senado norte-americano para a tramitação do pacote de gastos do presidente Donald Trump movimentaram o pregão.

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Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: +0,63%, aos 44.04,77 pontos;
  • S&P 500: +0,52%, aos 6.204,95 — maior nível histórico; 
  • Nasdaq: +0,48%, aos 20.369,73 pontos — maior nível histórico.

No mês, o saldo também foi positivo: o S&P 500 subiu quase 5%, enquanto o Nasdaq saltou mais de 6%. O Dow Jones subiu cerca de 4% em junho.

Os três índices ainda acumularam ganhos no semestre: o S&P 500 avançou mais de 10%, o Nasdaq subiu quase 18% e o Dow Jones teve ganhos de quase 5% nos últimos seis meses.

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O que movimentou Wall Street hoje?

As máximas de Wall Street foram impulsionadas pelas negociações comerciais dos Estados Unidos.

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Nesta segunda-feira (30), o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que o país deve reiniciar as conversas tarifárias com o Canadá imediamente.

As negociações foram brevemente encerradas na semana passada e a retomada das conversas acontece após o Canadá recuar da decisão sobre o imposto sobre serviços digitais contra as empresas de tecnologia norte-americanas.

Além disso, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o presidente Donald Trump deve se reunir com a equipe comercial do governo para definir as tarifas para os países parceiros que não negociaram as taxas ainda nesta semana. A trégua tarifária, iniciada em meados de abril, expira em 9 de julho.

Ainda nesta segunda-feira, os senadores seguiram articulando a votação do projeto de lei de corte de impostos e aumento dos gastos proposto pelo presidente norte-americano, conhecido como “Beautiful Bill“.

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No fim de semana, os parlamentares republicanos apresentaram uma “nova versão” da proposta com o acréscimo de á US$ 3,3 trilhões à dívida do país, cerca de US$ 800 bilhões a mais do que o texto aprovado pela Câmara dos Representantes no mês passado.

Segundo as estimativas do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), o impacto do projeto de lei sobre a dívida federal deve ser de US$ 36,2 trilhões.

Se o Senado conseguir aprovar o projeto de lei, a matéria retorna à Câmara.

A pressão de Trump sobre o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) também movimentou o pregão. Também segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Trump escreveu uma carta para o presidente do Banco Central, Jerome Powell, para abaixar os juros. A taxa básica de juros norte-americana está na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

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Leavitt mostrou uma cópia das anotações manuscritas de Trump para Powell em um pedaço de papel mostrando as taxas de juros cobradas por mais de duas dúzias de países. Trump já afirmou várias vezes que a taxa de juros dos EUA deveria ser reduzida em 1% — o que levaria a faixa de 3,25% a 3,50% ao ano.

“Se ele estivesse fazendo seu trabalho corretamente, nosso país estaria economizando trilhões de dólares em custos de juros”, disse Trump em uma publicação no Truth Social, logo após a coletiva de imprensa da Casa Branca. “Deveríamos estar pagando juros de 1%, ou melhor!”

Vale lembrar que, desde a semana passada, os operadores passaram a apostar em mais cortes nos juros pelo Fed até o final do ano. Hoje (30), o Goldman Sachs antecipou a previsão de início de afrouxamento monetário para setembro e prevê três reduções nas taxas até dezembro.

Segundo os analistas, os efeitos das tarifas de Trump parecem “um pouco menores” do que o esperado e que outras forças desinflacionárias “têm sido mais fortes”.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.