Mercados

Wall Street estende perdas com ‘tarifaço’ de Trump e retaliações no radar

07 abr 2025, 17:22 - atualizado em 07 abr 2025, 17:33
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(Imagem: Bigc Studio/Canva Pro)

Wall Street enfrentou mais um dia de fortes perdas com a escalada da guerra comercial e o risco de recessão dos Estados Unidos, desencadeados pelo ‘tarifaço’ anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na semana passada.

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Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: -0,91%, aos 37.965,60 pontos;
  • S&P 500: -0,23%, aos 5.062,25 pontos;
  • Nasdaq: +0,10%, aos 15.603,26 pontos.

Durante a sessão, o S&P 500 entrou brevemente em ‘bear market’, mas reduziu as perdas na reta final da sessão e opera cerca de 18% abaixo da máxima histórica recente. O índice Nasdaq, que reúne as maiores empresas do setor de tecnologia, já entrou em ‘bear market’, com a queda de 22% em relação às máximas históricas — que foram alcançadas em dezembro — na última sexta-feira (4).

Durante o pregão, os índices operaram em território positivo com rumores de uma pausa nas tarifas por 90 dias. Mas, em poucos minutos, a Casa Branca negou a informação e as bolsas voltaram a amargar em perdas.

O VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco de Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo”, superou os 60 pontos e alcançou o maior patamar em oito meses. 

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O que movimentou Wall Street hoje?

O risco de recessão segue derrubando os mercados em todo o mundo e Wall Street terminou as negociações no vermelho pelo quarto pregão consecutivo. O Goldman Sachs, por exemplo, elevou o risco de recessão dos Estados Unidos de 35% para 45%,  pela segunda vez em uma semana. 

O motivo para as perdas é ainda os efeitos do ‘tarifaço’ anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada.

Na última quarta-feira (4), Trump estabeleceu uma alíquota-base de 10% para todos os países que são parceiros comerciais, que entrou em vigor no último sábado (5). Já as tarifas recíprocas serão aplicadas a partir de 9 de abril. De acordo com a Casa Branca, China (com taxa de 34%), Vietnã (46%), União Europeia (20%) e Taiwan (32%) serão os mais impactados.

Em resposta, a China anunciou uma tarifa de 34% sobre a importação dos produtos norte-americanos na ultima sexta-feira (4). A medida começa a valer na próxima quinta-feira (10) — um dia após a tarifa de 34% dos EUA contra os produtos chineses entrar em vigor.

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Hoje (7), Trump voltou a endurecer o discurso contra a segunda maior economia do mundo. Em publicação na rede social Truth, o presidente norte-americano disse que, se a China não recuar na tarifa retaliatória, os EUA vão aumentar a alíquota de importação recíproca de 34% para 50% — mantendo a data prevista. Ele ainda afirmou que as negociações sobre as tarifas com Pequim foram encerradas.

Além da China, a Comissão Europeia propôs contratarifas de 25% sobre uma série de produtos norte-americanos, em resposta às tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio, segundo um documento visto pela Reuters. As taxas sobre alguns produtos devem entrar em vigor em 16 de maio e outras no final do ano, em 1º de dezembro.

O Japão, porém, deve enviar uma equipe “de ponta” para as negociações, segundo Trump. O país está sujeito a uma taxa recíproca de 24%, além dos 25% sobre as importações de automóveis japoneses.

A diretora do Federal Reserve (Fed), Adriana Kugler disse que parte do recente aumento na inflação de bens e serviços pode ser “antecipatória” do efeito das políticas atuais do governo Trump.

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“Se você pensar em tarifas, por exemplo, essa medida dos preços básicos de importação, mas também o índice de escassez, pode ser muito importante a ser considerado” na modelagem do que impulsiona a inflação, disse Kugler em uma palestra na Universidade Harvard.

Os investidores ainda aguardam novos dados econômicos, entre eles, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e ao produtor (PPI, na sigla em inglês). A ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Fed será divulgada na próxima quarta-feira (9).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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