Wall Street perde mais de US$ 2 trilhões em um único dia com Trump

Na última sexta-feira (10), o S&P 500 estava prestes a renovar mais uma vez o recorde histórico, mas uma publicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi suficiente para mudar a trajetória de um dos principais índices de Wall Street.
Em um único dia, o mercado acionário norte-americano perdeu US$ 2 trilhões após Trump escalar a tensão comercial com a China e retomar os temores de guerra comercial global. Os cálculos são da Bespoke Investment Group divulgados pela CNBC.
Ainda na manhã da sexta-feira (10), o chefe da Casa Branca disse que “a China assumiu uma posição extraordinariamente agressiva em relação ao comércio, enviando uma carta extremamente hostil ao mundo”.
Trump se referiu à decisão da China em reforçar o controle sobre terras raras. Na madrugada anterior, de quinta-feira (9), Pequim anunciou que empresas estrangeiras devem obter licenças para exportar qualquer produto que utilize suas terras raras.
O governo chinês também estabeleceu que as empresas que utilizam os metais para aplicações militares serão submetidas à análise.
Vale lembrar que cerca de 70% da produção de terras raras extraídas vem da China.
Já no início da noite da sexta, Trump anunciou a tarifa adicional de 100% sobre os produtos chineses para a importação no território norte-americano.
Perda de US$ 2 trilhões
Embora as negociações comerciais do governo Trump com a China tenham progredido em um ritmo mais lento do que as com outros países, o consenso do mercado haveria uma solução entre os dois países e que as relações, em geral, estavam melhorando.
O mercado também já tinha precificado a tarifa de cerca de 40% já aplicada à China, considerando que as isenções para produtos fabricados no país asiático — como os da Apple — eram suficientes para amenizar qualquer impacto econômico.
Se Trump cumprir sua última ameaça, os investidores temem mais impactos na economia norte-americana, que ainda depende de peças importadas para construir automóveis, painéis solares e similares.
No momento, o maior risco que pesa sobre o mercado é a retaliação da China sobre produtos dos EUA, o que poderia levar a uma guerra comercial.
*Com informações de CNBC