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Wall Street se prepara para choque de mais de 10% — e isso pode ser bom

06 nov 2025, 11:00 - atualizado em 06 nov 2025, 11:00
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Wall Street se prepara para queda de 10% a 15%. CEOs do Morgan Stanley e Goldman Sachs veem ajuste como saudável para o mercado. (Imagem: Getty Images Signature/Canva)

Os principais executivos de Wall Street se preparam para um ajuste significativo nos mercados de ações. A expectativa é de uma queda superior a 10% nos próximos 12 a 24 meses e, surpreendentemente, muitos veem isso como um sinal positivo.

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O problema não está nos lucros corporativos, mas nas avaliações elevadas. Essa é a visão compartilhada pelos CEOs do Morgan Stanley e do Goldman Sachs. Ambos acreditam que retrações fazem parte dos ciclos naturais de mercado e consideram que uma correção de 10% a 15%, sem choque macroeconômico, seria “um desenvolvimento saudável”.

Ao analisarmos o mercado, os múltiplos do setor de tecnologia estão saturados, mas o restante apresenta oportunidades.

O S&P 500 é negociado a 23 vezes os lucros futuros, acima da média de cinco anos, de 20 vezes. O Nasdaq 100, puxado pelas big techs, chega a 28 vezes, ante 19 em 2022. A recente queda de 1,8% nos futuros do índice reflete o desconforto crescente com essas avaliações, especialmente após ações como a Palantir despencarem mais de 7% após resultados. O Dow Jones vem logo atrás, se recuperando do “tarifaço” e se beneficiando de políticas conservadoras, além de uma potencial rotação.

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Mesmo com o pessimismo moderado, há sinais de resiliência. Após perdas iniciais, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 se recuperaram com força, impulsionados por recompras de ações ligadas à inteligência artificial. O Russell 2000, índice de small caps, deve encerrar a semana em alta.

A recente realização de lucros foi mais técnica do que baseada nos fundamentos das ações. Com valuations esticadas, uma correção é inevitável — e até saudável, pois elimina a alavancagem excessiva.

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O rali das ações americanas foi alimentado por expectativas de cortes de juros e pelo entusiasmo em torno da inteligência artificial, elevando o S&P 500 em mais de 35% desde abril. Mas esse avanço se concentrou em poucas gigantes, tornando o mercado vulnerável, com raras exceções, como a Robinhood no S&P 500, que valoriza 250% no ano.

O impacto é global: o índice Kospi, da Coreia do Sul, recuou mais de 2%, e o setor de semicondutores perdeu cerca de US$ 500 bilhões em valor de mercado entre terça e quarta-feira.

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