Mercados

Wall Street sente o baque, após falas de Powell em Jackson Hole indicarem Fed mais duro

26 ago 2022, 12:09 - atualizado em 26 ago 2022, 12:16
Bolsa de Nova York
(Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Atualizado às 12h15 | Apesar da abertura momentaneamente mista, Wall Street começou a primeira hora do pregão com viés negativo, balanceando a tão esperada participação de Jerome Powell em Jackson Hole. Investidores também acompanham a deflação de julho, registrada por PCE.

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Após um espasmo momentaneamente positivo para as bolsas, os índices logo voltaram a atuar em território negativo e ampliaram quedas nos últimos minutos.

A perspectiva, agora majoritária, de um aperto de maior magnitude é má notícia para os mercados acionários, que haviam se encantado com o tom mais suave empreendido pelo presidente do BC norte-americano no fim de julho.

O Dow Jones recuava 1,57%, o S&P 500 caía 1,70% e o Nasdaq apresentava queda de 2,41%.

O discurso relâmpago do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, mexeu com os ponteiros dos mercados, ainda que não tenha trazido uma mensagem necessariamente nova.

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Em menos de cinco minutos, o chefe do BC norte-americano disse que o combate à inflação deverá causar desaceleração econômica e desaquecimento do mercado de trabalho, com particular dor para os pequenos negócios e para as famílias.

Powell foi categórico em dizer que o Fed atuará até o trabalho [de combater a inflação] estiver feito.

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Treasuries em alta, após falas de Powell

O rendimento (yield) dos títulos dos EUA (Treasuries) amplia as altas vistas mais cedo. Os investidores estão mais permissivos à mensagem ‘hawkish’ do presidente do Fed.

Por volta do mesmo horário, o yield da T-bill de 2 anos subi a 3,453%, de 3,372% na véspera. O rendimento da T-note de 10 anos, por sua vez, crescia a 3,065%, de 3,023% da quinta-feira à tarde.

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PCE indica deflação ‘bem-vinda’, mas…

O chamado índice PCE (índice de preços de consumo pessoal, na sigla em inglês), caiu 0,1% em julho, em relação a junho. Os dados tinham sido divulgados há pouco pelo Departamento de Comércio dos EUA.  A queda do PCE foi a maior em dois anos, com peso decisivo do setor energético na tendência deflacionária.

Os preços de energia caíram 4,8%, enquanto os preços dos alimentos aumentaram 1,3%; o núcleo do índice, que desconsidera ambas categorias, avançou 0,1%.

A divulgação do indicador foi comentada por Powell.  O presidente do Fed disse que a redução da inflação mostrada pelo PCE em julho é bem-vinda, mas está longe do que a autoridade monetária precisa ver.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.