Grãos

Washout da soja: preços internos geram cancelamento de embarques com recompra dos contratos

13 ago 2020, 9:49 - atualizado em 13 ago 2020, 9:49
Carne Suínos Porcos
Corrida das indústrias pela soja, como na alimentação de suínos, valoriza mais o grão internamente (Imagem: Divulgação Governo Federal)

A valorização expressiva da soja no mercado interno, pagando bem acima dos portos, tem motivado um movimento de cancelamento dos embarques para redirecionamento da mercadoria no Brasil.

Não é possível quantificar, mas Marcos Araújo, sócio-diretor da Agrinvest Commodities, tem observado essa recompra dos contratos nas últimas três semanas, conhecida como washout.

Para compensar, segundo o analista e broker, o exportador analisa a diferença entre a recompra e o valor da venda original, ponderando-a com a comercialização doméstica.

A soja remanescente do Brasil está até US$ 30 a tonelada acima da americana e prêmios de 170 a 190 nos portos – nesta quarta (13) teve posições de entregas com alta de mais de 9%. No interior, nas regiões mais distantes, como no Mato Groso, se praticou a 110, enquanto no Rio Grande do Sul a 128 FOB, avalia por sua vez Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

No Rio Grande, onde a demanda interna da região Sul é mais expressiva e os inventários da soja são mais escassos, o washout está com melhor possibilidade de estar ocorrendo, de acordo com Adriano Gomes, da AgRural.

“Temos ouvido sobre isso, mesmo porque o prêmio pago pelo crush (posição longa no mercado futuro contra posições de venda de farelo e óleo) está mais alto que a exportação, por isso a possibilidade, mas não tenho confirmação”, pontua.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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