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Web3 ruma para descentralização total; como tentar lucrar com isso?

18 mar 2023, 12:00 - atualizado em 17 mar 2023, 20:15
Web3 Venture Capital
Novas medidas estão sendo tomadas, e isso pode impactar diretamente na tese de investimento de diversos investidores (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

A chamada Web3 é classificada como a evolução da internet, pelo motivo de descentralizar dados dos usuários, não concentrando na mão de um único servidor como o Google ou Facebook, e ser impossível de ser censurada pelas autoridades.

Entretanto, ainda existe um grande caminho para percorrer. O próprio acesso aos chamados aplicativos descentralizados (dApps) é feito pelo padrão “HTTPS”, onde o usuário digita o endereço que pertence a servidores centralizados como GoDaddy.

Novas medidas estão sendo tomadas, e isso pode impactar diretamente na tese de investimento de diversos investidores. O fato é que, por enquanto, na prática, a Web3 ainda não é 100% funcional.

Para acessar uma corretora descentralizada, o usuário digita um endereço de domínio da internet. Este, por sua vez, pertence a uma empresa. Em caso de regulação mais dura, poderia ser tirada do ar facilmente.

O que mudou?

O que tornou esse projeto possível foi a proposta de implementação do padrão ERC-4804 na rede Ethereum (ETH), que foi aprovada recentemente e vem sendo implementada na rede.

De forma simplificada, a proposta consiste em armazenar todos os dados online dentro do blockchain e permitir que os usuários acessem eles por meio da própria rede, sem precisar utilizar uma hospedagem como a GoDaddy.

Padrões ERC são como identificação do modelo de tokens, ou protocolos da Ethereum, sendo que ERC-20 são os criptoativos da rede e ERC-720 são NFTs.

A proposta foi feita em 14 de fevereiro de 2022 com co-autoria do fundador da ETHStorage, Qi Zhou, do pesquisador da Ethereum, Sam Wilson, e de Chao Pi.

Durante o evento de programadores da Ethereum, “ETHDenver”, realizado entre os dias 2 e 5 de março, Zhou discorreu sobre o projeto. 

Ele descreve a proposta como um URL “estilo HTTP” para acessar diretamente o conteúdo da Web3 dentro do blockchain, como as páginas da internet (front-ends) de aplicativos descentralizados (DApps) e NFTs. Confira a apresentação:

Como tentar lucrar com a “nova Web3”?

Todavia, como os dados custam caro para ser armazenados no blockchain, o co-fundador do projeto comenta que a melhor saída seria usar soluções de segunda camada, como ZK.

As ZK funcionam como envelopes, que comprimem diversos custos em apenas um e valida a informação na rede.

“O show foi feito. Vou voltar para ler os vídeos/artigos de ZK”, diz Zhou.

Diversos projetos já lançaram, ou anunciaram que vão lançar, suas próprias tecnologias de segunda camada. Além disso, as próprias segundas camadas, blockchains que funcionam acima da principal para baratear custos, podem se beneficiar da novidade.

Entre elas, estão as segundas camadas da Polygon (MATIC), Optimism (OP), Arbitrum e até mesmo a Coinbase (COIN), que recentemente anunciou a Base, sua própria rede de camada dois.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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