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Weg apresenta balanço sólido, mas ação está cara e não compensa comprar

25 fev 2021, 9:36 - atualizado em 25 fev 2021, 9:36
WEGE3
Dilema do copo: bons resultados da Weg não justificam investir na ação, dizem BTG e Ágora (Imagem: Reprodução/WEG/YouTube)

A Weg (WEGE3) fez tudo certo no quarto trimestre e seus números foram elogiados por praticamente todos os analistas. “Sólido” foi o adjetivo mais usado para descrever o balanço apresentado ontem (24), com destaque para o aumento de 29% na receita líquida e de 47% no ebitda, quando comparados com um ano antes.

O problema, porém, é que, mesmo entregando um lucro líquido 48% maior, de R$742 milhões, a ação já está cara e não compensa comprá-la, na avaliação do BTG Pactual (BPAC11) e da Ágora Investimentos.

Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri, que assinam o relatório do BTG Pactual, afirmam que “a Weg entregou resultados sólidos e de alta qualidade no 4T, com uma dinâmica de demanda melhor do que o esperado no mercado doméstico e margem operacional impressionantemente resiliente.”

O trio, contudo, reforçou a recomendação neutra para os papéis. “As ações da Weg estão sendo negociadas a níveis caros de valuation em 65,6x P/L 2021”, explicam. O preço-alvo proposto para o papel é de R$ 90, o que embute um potencial de alta de 3,8% sobre o fechamento de ontem (24).

Acima do preço ideal

A Ágora Investimentos aproveitou a divulgação do balanço para elevar o preço-alvo da empresa de R$ 73 para R$ 80. Ainda assim, isso significa dizer que, para a gestora, o papel precisa cair 7,7% para chegar a um valor justo, na comparação com os R$ 86,70 de ontem.

“Reconhecemos seus sólidos resultados financeiros, uma perspectiva positiva para GTD [geração, transmissão e distribuição de energia] doméstico e os ganhos potenciais das soluções da indústria 4.0”, afirmam Victor Mizusaki e Luiza Mussi, autores da análise da Ágora.

A dupla manteve, porém, a recomendação neutra, devido “principalmente à avaliação cara da WEG (46,1x EV / EBITDA21).”

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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