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WEG (WEGE3) cai 30% no ano e Citi vê oportunidade; banco corta preço-alvo, mas recomenda compra

29 jul 2025, 14:48 - atualizado em 29 jul 2025, 14:48
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(Imagem: Weg/Divulgação)

O Citi reduziu o preço-alvo da WEG (WEGE3) de R$ 62 para R$ 53 por ação, conforme relatório divulgado aos seus clientes. A revisão reflete a atualização do modelo da casa após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, que vieram 6% abaixo do consenso, além de ajustes nas projeções macroeconômicas e no custo de capital. Mesmo com o corte, a nova projeção do Citi representa uma alta potencial de 44% para a ação.

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O banco manteve a recomendação de compra para os papéis da fabricante de motores elétricos. Neste contexto, as ações subiam 1,39%, a R$ 37,24, por volta das 14h36 (horário de Brasília). No ano, a ação acumula uma performance negativa de quase 30%.



O principal argumento está no valuation. Segundo os analistas, a WEG negocia atualmente com desconto de 36% sobre o preço/lucro de seus pares globais, o maior nível de desconto desde 2010. Historicamente, a empresa era negociada com prêmio de cerca de 30% sobre essa mesma cesta.

“A WEG está sendo negociada a 21 vezes o lucro estimado para 2026, o que a coloca perto dos menores múltiplos dos últimos 10 anos. Se voltar a negociar em linha com os pares, há potencial de valorização de até 56%”, escreveu a equipe do Citi.

O banco também vê espaço para expansão de margens no segundo semestre, com melhora no mix de produtos e um ambiente ainda favorável no segmento de Transmissão e Distribuição (T&D), especialmente na América do Norte.

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Sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras, que entram em vigor em 1º de agosto, o Citi estima impacto direto inferior a 7% no Ebitda da WEG. A empresa, segundo o relatório, já estuda redirecionar parte da produção para países como o México, protegido pelo acordo USMCA, o que deve mitigar efeitos negativos.

Ação perdeu favoritismo dos gringos, mas pode voltar ao radar

Outro ponto destacado é a mudança no perfil dos acionistas. Antes amplamente detida por estrangeiros, a base acionária da WEG passou a ser majoritariamente local. Hoje, 53% do free float está nas mãos de investidores brasileiros, ante 20% no passado.

Embora os investidores estrangeiros estejam voltando à Bolsa brasileira neste ano, o fluxo tem priorizado nomes domésticos e com múltiplos mais baixos,  o que, segundo o Citi, pode jogar a favor da WEG em caso de rotação para empresas descontadas.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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