WEG (WEGE3) despenca mais de 10% após balanço e lidera quedas no Ibovespa nesta quarta (30); qual a avaliação dos analistas?

As ações da WEG (WEGE3) lideram as perdas do Ibovespa nesta quarta-feira (30), após divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25). Por volta das 13h40 (horário de Brasília), os papéis caíam 10,07%, a R$ 45,39.
A mínima do dia, registrada mais cedo, foi de R$ 44,85, o que representa uma desvalorização de 11,14% em relação ao fechamento anterior.
Apesar dos números do balanço apontarem crescimento em relação ao mesmo período do ano passado, vieram abaixo das expectativas do mercado, tanto em receita quanto em rentabilidade.
Na visão do BTG Pactual, o balanço da WEG foi apenas “ok”, com números em linha com o projetado, mas sem empolgar. A margem Ebitda caiu para 21,6%, refletindo maior pressão de custos — como o cobre — e um mix de produtos menos rentável, especialmente por conta do segmento de energia solar.
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Além disso, o crescimento de receitas no mercado internacional, que subiu 36% ano a ano, ficou bem abaixo das estimativas, que eram de uma alta próxima de 49%.
Analistas do BTG destacam que esse crescimento foi sustentado principalmente por aquisições, como Rotor, Marathon e Cemp, e não por desempenho orgânico.
O JP Morgan classificou o trimestre como “negativo”, destacando que a empresa frustrou nas principais linhas do balanço. A receita líquida de R$ 10,1 bilhões ficou 3% abaixo das projeções da casa, enquanto o Ebidta de R$ 2,17 bilhões teve uma surpresa negativa de 6% frente ao consenso.
A queda da margem bruta para 32,9%, o menor nível desde o 3T23, e o aumento de 37% nas despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) também contribuíram para o sentimento negativo. O banco alertou ainda que, após um rali recente de 10% nas ações, a decepção com o balanço amplifica a correção, e projeta uma performance abaixo do Ibovespa no dia.
A WEG negocia a um múltiplo acima da média de seus pares globais, o que limita o potencial de valorização, segundo o BTG.
Sem catalisadores claros de curto prazo e diante de um crescimento internacional mais fraco do que o desejado, os analistas indicam que a empresa pode continuar sendo pressionada até que apresente novos sinais de aceleração operacional.
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Comprar ou vender?
Instituição | Recomendação | Preço-alvo |
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BTG Pactual | Neutra | R$ 50 |
JP Morgan | Overweight (compra) | R$ 66 |