WEG (WEGE3): Efeito das tarifas de Trump ficam para o 4º trimestre, diz CFO
A WEG (WEGE3) espera um impacto maior das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no balanço do quarto trimestre de 2025, disse o CFO André Luis Rodrigues em teleconferência de resultados do terceiro trimestre nesta quinta-feira (23).
Segundo Rodrigues, no trimestre de julho a outubro não houve um efeito completo, sendo que outubro foi o mês que sofreu com maior impacto.
“Nós já tivemos o impacto disso no terceiro trimestre, sobretudo no mês de outubro, nós já tivemos uma parte desse impacto. E ao longo de todo esse momento que tivemos essas informações de tarifa, a WEG vem trabalhando em várias frentes para mitigar esse impacto”, disse a analistas.
- SAIBA MAIS: Investir com inteligência começa com boa informação: Veja as recomendações do BTG Pactual liberadas gratuitamente pelo Money Times
O CFO reforçou que, apesar da expectativa de um impacto maior nos últimos meses do ano, estão sendo tomadas iniciativas e planos de ação para minimizar o impacto. “No final do trimestre, vai ter uma visão mais clara do que foi possível mitigar e qual vai ser esse impacto”, disse.
Entre essas para contornar a situação, estão reajuste dos preços, transferência de produção e investimentos em capacidade nos Estados Unidos.
Encontro Lula e Trump
Está previsto para este fim de semana um encontro entre os líderes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e Estados Unidos, Donald Trump, na Malásia.
Questionado durante a teleconferência sobre as expectativas em torno do encontro, André Rodrigues afirmou que espera um patamar mais razoável para as tarifa.
Vale recordar que passou a vigorar em agosto uma tarifa de 50% aos produtos originados do Brasil vendidos aos EUA.
“A partir do momento que tem uma oportunidade de sentar e discutir pelas vias diplomáticas, vemos como um bom sinal. Esperamos que, no momento que acontecer, essa reunião ajude todo esse trabalho de trazer as tarifas a um patamar mais razoável”, disse.
O 3T25 da WEG
A WEG reportou lucro líquido de R$ 1,65 bilhão referente ao terceiro trimestre de 2025 (3T25), mostrou o relatório de resultados divulgado na quarta-feira (22). A cifra representa uma alta de 4,5% ante o mesmo período do ano passado.
O lucro veio em linha com as expectativas do mercado, que esperava lucro na casa de R$ 1,61 bilhão, segundo estimativas reunidas pela Bloomberg.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da WEG cresceu 2,3%, atingindo R$ 2,27 bilhões no trimestre. Já a margem Ebitda foi de 22,2%, uma contração de 0,4 ponto percentual.
A receita operacional líquida totalizou R$ 10,2 bilhões, um avanço de 4,2% em comparação anual. Deste total, o mercado interno foi responsável por R$ 4 bilhões, enquanto o externo por R$ 6,2 bilhões.
O retorno sobre o capital investigo (ROIC) da WEG atingiu 32,4% no trimestre, um recuo de 4,7 pontos percentuais em comparação ao mesmo período em 2024.