WEG (WEGE3) sobe mais de 1% com aquisição total de empresa de software e expectativas para o 2T25

As ações da WEG sobem com a compra de empresa de software e expectativas para o balanço do 2T25 após resultados da concorrente suíça (Imagem: Adobe Stock/Reprodução - Montagem: Giovanna Figueredo)

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As ações da WEG (WEGE3) operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) pela segunda sessão consecutiva nesta sexta-feira (18). 

Por volta de 11h55 (horário de Brasília), WEGE3 liderava a ponta positiva do índice com avanço de 1,21%, a R$ 42,60. 

Ontem (17), o papel encerrou o pregão com avanço de 2,36%, a R$ 42,09. 

Os investidores reagem à compra da totalidade das ações do grupo PPI-Multitask, empresa de softwares para indústria, pela WEG. A fabricante brasileira já detinha 51% de participação na empresa.

O valor da transação não foi informado. “A aquisição é parte da estratégia da WEG para desenvolvimento de soluções em softwares e sistema de gerenciamento de processos e manufatura em tempo real”, disse a fabricante brasileira em comunicado ao mercado.

Expectativas para o balanço

Além da conclusão da aquisição da PPI, o desempenho positivo é impulsionado pela expectativa para os resultados da companhia no segundo trimestre (2T25), na esteira dos números da concorrente suíça ABB —  que registrou um recorde de pedidos trimestrais, impulsionada pela forte demanda dos Estados Unidos e por produtos usados em data centers para dar suporte à inteligência artificial (IA).

Para os analistas do Itaú BBA, os resultados da ABB podem ser um indicador positivo para os números do 2T25 da WEG. 

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“Na divisão Motion, que é a mais comparável aos negócios de EEIE [Equipamentos Eletrônicos Industriais] da WEG, a ABB registrou um aumento de 6% na receita líquida no 2T25”, afirmaram.

Eles ainda citam que a fabricante suíça projeta um crescimento de um dígito médio na receita líquida para o terceiro trimestre (3T25), com níveis de lucratividade estáveis na base anual, apesar de reconhecer a incerteza no ambiente de negócios global.

O BTG Pactual também espera uma melhora nas margens da WEG no 2T25. Os analistas do banco projetam um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) em R$ 2,39 milhões e uma margem de 21,8%, um alta de 0,3 ponto percentual na base trimestral. A métrica deve ser impulsionada or custos menores, menor participação da solar e integração da Regal.

Já a receita líquida projetada é de R$ 10,9 bilhões, um crescimento de 18% na comparação com o segundo trimestre do ano passado.

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Tarifas de Trump

Na avaliação dos analistas do BTG Pactual, o cenário tarifário dos Estados Unidos é a principal incerteza para os negócios da WEG.

“As tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros [proposta pelo presidente norte-americano Donald Trump] podem reduzir a competitividade da WEG frente à ABB, que tem maior conteúdo local”, escreveram Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Samuel Alkmin e Marcel Zambello em relatório.

Eles, por sua vez, afirmam que a demanda por motores de ciclo curto nos EUA se mostrou resiliente, o que favorece a carteira de pedido (backlog) da fabricante brasileira.

“A teleconferência de resultados será importante para avaliar impactos tarifários e perspectivas de crescimento”, acrescentaram.

A WEG divulga o balanço do 2T25 na próxima quarta-feira (23), antes da abertura do mercado. A teleconferência de resultados com analistas e investidores está prevista para o dia seguinte.