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Weg (WEGE3) tem 5º dia seguido de alta com salto de 7% nesta segunda (24); entenda o movimento das ações

24 jul 2023, 20:11 - atualizado em 24 jul 2023, 20:11
WEG
JPMorgan ainda aposta na tese de longo prazo da Weg (Imagem: LinkedIn/Weg)

As ações da Weg (WEGE3) ganharam um novo empurrão nesta segunda-feira (24), em meio a notícias de que a companhia teria sido escolhida para uma parceria envolvendo fornecimento de motores com a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk.

Em meio a rumores, a companhia disparou 7,21% na Bolsa, liderando as altas do Ibovespa na sessão. Cabe destacar que a informação não tem confirmação por parte de ambas as empresas envolvidas.

Em paralelo, o JPMorgan elevou o preço-alvo do papel, de R$ 47 a R$ 50 ao fim de 2024. A recomendação de “overweight” foi reforçada, refletindo três principais fatores:

  • a capacidade da Weg de continuar superando as expectativas, especialmente em Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização);
  • cenário positivo para o mercado de transmissão e distribuição na América do Norte, o que pode sustentar anos de crescimento de duplo dígito; e
  • desconto de cerca de 5% da ação para o valuation histórico de 10 anos, já refletindo o cenário negativo atual.

Uma tese de longo prazo

A Weg passa por uma fase de acomodação em 2023, com desaceleração no crescimento de receita a 13% ano a ano no primeiro semestre (ante cerca de 30% anual no mesmo período de 2022).

Além disso, os investidores estão recalculando suas preferências na Bolsa, dando mais atenção agora a nomes de beta maior, como construtoras — o que limita o interesse de curto prazo pela companhia.

Porém, o JPMorgan ainda aposta na tese de longo prazo da Weg, que tem a capacidade de encontrar novas avenidas de crescimento e deve aproveitar a onda de automação na indústria e uso maior de energias mais sustentáveis.

O banco também acredita que a Weg se beneficia da exposição aos mercados internacionais, que cobrem aproximadamente 50% de suas receitas. Isso acaba tornando a empresa um nome defensivo em meio à volatilidade da economia brasileira e com uma potencial depreciação da moeda real.

“Mantenha em mente que a Weg tem receitas anuais agregadas de cerca de US$ 5,5 bilhões vs. US$ 20-80 bilhões para os pares, o que significa que existe um grande potencial de mercado fora do Brasil”, afirma.

Pela estimativas do JPMorgan, cada 1 ponto percentual em participação de mercado fora representa um crescimento adicional de 5% na primeira linha do balanço.

O JPMorgan enxerga potencial risco de alta de 8% para o Ebitda do consenso neste ano. Para 2024-25%, o percentual é de 6-7%.

  • PÓS-NÚMEROS DA VALE (VALE3) E WEG (WEGE3); O QUE FAZER COM AÇÕES? IMPACTOS DO FIM DO ACORDO DE GRÃOS

Fase boa pós-resultados

A Weg marcou seu quinto pregão seguido de alta nesta segunda. O movimento positivo engatou após a divulgação de números positivos na temporada de resultados do segundo trimestre de 2023.

A companhia teve lucro de R$ 1,36 bilhão no período, o que representa uma alta anual de praticamente 50%.

A receita operacional líquida registrou avanço de 13,7% sobre o segundo trimestre de 2022, a R$ 8,17 bilhões. Enquanto isso, o Ebitda totalizou R$ 1,83 bilhão, salto de 45,9% sobre um ano antes. A margem Ebitda subiu 4,9 pontos percentuais, para 22,4%.

Os resultados positivos levaram à entrega de bons dividendos, segundo analistas. A Weg divulgou o pagamento de mais de R$ 600 milhões em proventos.

O valor dos dividendos, somado aos juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 467 milhões, representa um acréscimo de 21% nos proventos pagos aos acionistas no primeiro semestre do ano passado.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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