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Weg (WEGE3) vai desembolsar US$ 77 milhões para expandir fabricação de transformadores nos EUA

23 set 2025, 10:47 - atualizado em 23 set 2025, 10:47
WEG
(Imagem: Divulgação)

A Weg (WEGE3) anunciou um investimento de US$ 77 milhões para modernizar sua fábrica de transformadores especiais localizada em Washington, nos Estados Unidos. O objetivo da companhia é elevar a capacidade produtiva em 50%, segundo o comunicado desta terça-feira (23).

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O investimento visa a produção de transformadores que desempenham um papel relevante no suporte à expansão da manufatura industrial, dos data centers e da estabilidade da rede elétrica nos EUA, de olho em intensificar a posição da companhia no país.

“Essa modernização fortalece a posição da Weg em segmentos estratégicos, críticos para a expansão da infraestrutura elétrica nos EUA”, diz o comunicado.

O movimento ocorre em um momento de pressão sobre as ações da companhia. No ano, os papéis WEGE3 acumulam queda da ordem de 30%, na contramão do Ibovespa (IBOV).



Entre os fatores para a retração estão a valorização do real frente ao dólar, a frustração com os resultados do segundo trimestre e os reflexos da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos.

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A imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA gerou apreensão entre investidores, já que a WEG exporta bastante para o país.

A WEG, contudo, afirma que menos de um terço do que vende nos EUA é produzido no Brasil. A medida, porém, levantou dúvidas sobre a competitividade da empresa no mercado norte-americano. Em resposta, a companhia anunciou planos para redirecionar parte da produção para unidades no México, Índia e Portugal.

O financeiro da Weg

No fim de julho, a Weg reportou um lucro líquido de R$ 1,59 bilhão referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25). Em comparação com mesmo período de 2024, houve alta de 10,4%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mensura o potencial de geração de caixa operacional, chegou a R$ 2,26 bilhões no 2T25, alta de 6,5% na comparação anual e crescimento de 4% frente ao 1T25.

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A margem Ebitda de 22,1% foi 0,8 ponto percentual menor do que no 2T24, mas 0,5 ponto percentual superior ao trimestre anterior.

A receita operacional líquida apresentou crescimento de 10,1% sobre o segundo trimestre de 2024, atingindo R$ 10,21 bilhões, com leve alta de 1% no mercado interno e salto de 17,3% no mercado externo.

Apesar do crescimento, a última linha ficou entre 6% e 7% abaixo do esperado pelo mercado. A frustração foi puxada especialmente por fraqueza nas operações no Brasil, segundo apontaram os analistas do BTG Pactual, Itaú BBA e Banco Safra.

Houve um crescimento mais fraco da receita, abaixo do consenso, e sinais de desaceleração em segmentos importantes, como geração eólica e projetos industriais.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.