Política

Weintraub compara operação contra fake news a ação de polícia nazista

27 maio 2020, 16:35 - atualizado em 27 maio 2020, 16:35
Abraham Weintraub
Weintraub tem ligação muito próxima com os filhos do presidente Jair Bolsonaro (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou suas redes sociais para comparar a operação da Polícia Federal desta quarta-feira, no inquérito contra Fake News, com a ação da polícia política nazista na Alemanha de Adolph Hitler.

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Judeu, o ministro disse em sua conta no Twitter que cresceu escutando as histórias da caça dos nazistas a sua família.

“Nesse momento sombrio, digo apenas uma palavra aos irmãos que tiveram seus lares violados: LIBERDADE!”, escreveu.

Em um segundo post Weintraub foi além e comparou a ação desta quarta com a Noite dos Cristais, um ataque organizado por forças paramilitares nazistas contra judeus em 1938.

“Hoje foi o dia da infâmia, vergonha nacional, e será lembrado como a Noite dos Cristais brasileira. Profanaram nossos lares e estão nos sufocando. Sabem o que a grande imprensa oligarca/socialista dirá? Sieg Heil!”, escreveu, referindo-se a outra expressão nazista, que pode ser traduzida como salve a vitória.

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Um dos expoentes da ala ideológica do bolsonarismo, Weintraub tem ligação muito próxima com os filhos do presidente Jair Bolsonaro, especialmente o deputado Eduardo (PSL-SP) e o vereador Carlos (Republicanos). Na operação desta quarta, nomes próximos do bolsonarismo foram alvo, como o blogueiro Allan dos Santos.

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Na terça-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes –também responsável pelo inquérito das fake news– deu cinco dias para Weintraub depor à PF sobre suas afirmações durante reunião ministerial. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, disse Weintraub no encontro.

Para o ministro do STF, há “indícios de prática” de seis delitos. Weintraub poderia ser enquadrado por difamação e injúria, pelo código penal, e em outros quatro artigos da lei de segurança nacional.

O secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, também usou o Twitter para sair em defesa da rede bolsonarista.

“Alguns jornalistas e apoiadores tiveram seus equipamentos de trabalho apreendidos por decisão judicial e não poderão mais veicular, com liberdade de expressão, suas opiniões. Enquanto isso, alguns veículos continuam produzindo fake news diariamente sem serem perturbados”, escreveu.

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Até agora, o presidente não se manifestou sobre a operação.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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