Economia

Williams, do Fed, diz que variante Ômicron pode prolongar desequilíbrios entre oferta e demanda

01 dez 2021, 16:41 - atualizado em 01 dez 2021, 16:41
John Williams
“A questão é: faria sentido encerrar essas compras um pouco mais cedo, talvez em alguns meses, dada a força da economia?”, questionou Williams (Imagem: REUTERS/Carlo Allegri/Arquivo)

A variante mais recente da Covid-19 poderia estender alguns dos desafios da cadeia de abastecimento e a escassez que levaram a uma inflação mais alta, e autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) precisarão levar isso em conta ao decidirem como retirar o apoio da política monetária, disse o presidente do Fed de Nova York, John Williams.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Claramente, (a variante Ômicron) adiciona muita incerteza às perspectivas”, disse Williams em entrevista ao New York Times publicada nesta quarta-feira.

Se a variante levar a uma demanda contínua por bens e serviços que atualmente estão escassos e se interromper a recuperação em outras áreas, isso pode levar a uma “recuperação um tanto mais lenta no geral”, afirmou, acrescentando que também pode “aumentar essas pressões inflacionárias, nessas áreas que estão em alta demanda”, disse.

No mês passado, o Fed começou a reduzir suas compras de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas que totalizavam 120 bilhões de dólares por mês em um ritmo que encerraria a oferta de estímulos em meados de 2022.

Na terça-feira, o chair do Fed, Jerome Powell, disse ao Comitê Bancário do Senado dos EUA que os formuladores de política monetária do banco central discutiriam em sua reunião de 14 a 15 de dezembro se finalizariam o programa de compra de títulos alguns meses antes do previsto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Williams não disse se apoia o ritmo mais acelerado de redução de compras de ativos, mas afirmou que as autoridades do Fed terão muito a avaliar no próximo encontro.

Os formuladores de política monetária terão mais dados sobre inflação, emprego e os efeitos econômicos da cepa Ômicron antes da próxima reunião.

“A questão é: faria sentido encerrar essas compras um pouco mais cedo, talvez em alguns meses, dada a força da economia?”, questionou Williams. “Essa é uma decisão, uma discussão, com a qual espero que tenhamos de lidar.”

Compartilhar

A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.