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XP corta preço-alvo de Iguatemi (IGTI11) e Allos (ALOS3); ações ainda valem a pena?

07 jul 2025, 15:20 - atualizado em 07 jul 2025, 15:20
fundos imobiliários - shoppings
(Imagem: Pexels/ Canva Pro)

A XP Investimentos atualizou suas projeções para o setor de shoppings e cortou o preço-alvo para as ações da Iguatemi (IGTI11), que passou de R$ 32,50 para R$ 29,50, e da Allos (ALOS3) que caiu de R$ 34 para R$ 27. Multiplan (MULT3), por sua vez, teve o seu mantido em R$ 35 por ação.

Apesar dos cortes, os analistas seguem com uma visão construtiva para o setor em 2025 e mantém a recomendação de compra para todos os papéis. O bom desempenho operacional das empresas, o consumo aquecido e a revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) continuam sustentando um cenário positivo para as vendas dos shoppings e para o crescimento das receitas com aluguel.

A estimativa é de um avanço médio de 7% na arrecadação com aluguéis no próximo ano, apoiado por reajustes contratuais e demanda firme por parte dos lojistas. Mesmo com a alta de alguns índices de inflação, os custos devem continuar sob controle, o que favorece negociações positivas para os shoppings.

O principal entrave no curto prazo, porém, segue sendo o nível elevado das taxas de juros no Brasil. Como os shoppings têm um retorno mais espalhado no tempo, seus papéis são bastante sensíveis ao movimento dos juros de longo prazo.

“Com poucos catalisadores de curto prazo, esperamos que as ações de shopping centers apresentem um desempenho superior mais consistente quando as taxas de juros começarem a cair mais acentuadamente”, destacam os analistas que assinam o relatório.

Análise das ações do Iguatemi, Multiplan e Allos

Iguatemi, Multiplan e Allos detêm, juntas, cerca de 56% dos shoppings de primeira linha do Brasil e, segundo a XP, as empresas listadas demonstram resiliência financeira graças à qualidade de seus portfólios, em especial IGTI11 e MULT3.

Essa concentração em ativos premium explica o desempenho operacional superior ao da média do setor (ICVS-Abrasce) e reduz o risco em cenários macroeconômicos adversos.

O destaque do relatório vai para a Iguatemi (IGTI11), apontada como a favorita dos analistas. A empresa se destaca por:

  • Crescimento constante nas vendas;
  • Aumento no valor cobrado por aluguel;
  • Redução das dívidas com a venda de ativos;
  • E, mesmo com esses pontos positivos, suas ações ainda estão mais baratas do que as da concorrente Multiplan.

A Multiplan (MULT3) também segue como uma das preferidas, sendo que a companhia possui:

  • Um portfólio forte e bem distribuído;
  • Aluguéis em alta de forma consistente;
  • Uma gestão eficiente e com baixo nível de endividamento.

Já a Allos (ALOS3) aparece como uma terceira opção interessante. Apesar de não ter tantos fatores que impulsionem o crescimento no curto prazo e de seu portfólio ser um pouco mais variado, a empresa ainda chama atenção por estar com o preço da ação mais barato e por pagar bons dividendos, o que atrai investidores que buscam oportunidades de valorização no longo prazo.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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