Economia

XP eleva projeção para inflação de 2026 ao incorporar impacto da reforma do Imposto de Renda

03 abr 2025, 16:29 - atualizado em 03 abr 2025, 16:29
inflação IPCA
(Imagem: joaogbjunior/Pixabay)

A XP Investimentos elevou a expectativa para a inflação de 2026 de 4,5% para 4,7%, devido ao impacto da reforma do Imposto de Renda. Para 2025, a perspectiva para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permanece em 6%, uma vez que a casa reconhece os riscos relacionados à dinâmica cambial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se confirmadas as projeções, a inflação ficará acima do teto da meta por três anos seguidos, embora com sinais mais claros de convergência a partir de 2027.

O economista Alexandre Maluf diz que o IPCA segue elevado este ano. A inflação de serviços segue pressionada, com o núcleo desse segmento em torno de 8% na média móvel de três meses dessazonalizada e anualizada. A média das medidas de núcleo acelerou para 5,9%, o maior patamar desde abril de 2023.

A XP também projeta um aumento na inflação de serviços ao longo do ano, impulsionado pela resiliência do mercado de trabalho. Além disso, o Custo Unitário do Trabalho (CUT) segue em trajetória de alta, sem sinais de alívio no curto prazo.

No segmento de bens, a inflação mostrou uma moderação em 2025, influenciada pela valorização cambial. No entanto, a casa prevê que os preços ao atacado continuarão pressionando o índice ao longo do segundo trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A XP também destaca os impactos das tarifas de energia elétrica na inflação. Diante das condições hidrológicas desfavoráveis, a instituição adotou a premissa de bandeira amarela para dezembro, com um impacto estimado de 0,1 ponto percentual no IPCA de 2025.

Outro ponto destacado é a recente redução de 4,7% no preço do diesel pela Petrobras (PETR4). Embora o impacto direto sobre a inflação seja pequeno, a XP aponta que os efeitos secundários são relevantes. No caso da gasolina, a instituição acredita que os preços estão em paridade com os valores internacionais, sem necessidade de reajustes no curto prazo.

“Tudo considerado, o recuo em nossa projeção de bens industrializados foi compensado pela adoção da premissa de “bandeira amarela” nas tarifas de energia elétrica. Além disso, a revisão que fizemos para o PIB (veja na seção de Atividade) implicaria alta na inflação, que foi virtualmente compensada pela surpresa baixista que tivemos nas últimas leituras do IPCA”, diz Maluf.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Linkedin
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar