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XP em queda livre: Investidores vendem papel a rodo após ‘gatilhos’ do 1T24

22 maio 2024, 17:30 - atualizado em 22 maio 2024, 19:43
XP criptoativos
Segundo analistas, os resultados, no geral, vieram dentro das expectativas, que segundo o BTG estavam longe de ser altas (Imagem: Reprodução/ Facebook da XP)

A XP Inc (XP) entregou os resultados do primeiro trimestre de 2024 com alta do lucro de 29%. Mas isso não foi, nem de longe, suficiente para aquetar os corações aflitos dos investidores. As ações fecharam em queda de 16,13%, a US$ 18,74, na Nasdaq, a bolsa de tecnologia dos Estados Unidos.

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Segundo analistas, os resultados, no geral, vieram dentro das expectativas, que segundo o BTG estavam longe de ser altas, especialmente considerando o recente desempenho das ações (queda de 20% no acumulado do ano).

“Como esperado, e antecipado pela administração, o ambiente para captação de dinheiro continua desafiador, o que significa que a captação líquida ficou praticamente estável em relação ao trimestre anterior”, colocam os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura, Ricardo Buchpiguel e Bruno Lima, que assinam o relatório.

Para o Bank of America, o lucro líquido ficou 4% abaixo das projeções. Apesar disso, o banco destaca as receitas bancárias robustas, dada a boa expansão das receitas de cartões e crédito, refletindo esforços bem-sucedidos de vendas cruzadas.

Já a Ativa acredita que a XP apresentou um resultado ruim. No top line (linha do topo), o destaque negativo segue com o desempenho fraco do wealth management, fruto de um take rate em queda, mas principalmente, de uma fraca captação líquida”, explica.

No bottom line (lucro líquido), a empresa reportou um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 20,7% inferior ao trimestre anterior e às projeções.

O X (P) da questão: juros mais altos

Na visão do BTG, a alta dos juros (o Boletim Focus já enxerga a Selic a 10% em 2024) quebrou as expectativas em torno da empresa.

“Embora ainda vejamos a XP como um ótimo veículo para se expor ao beta do Brasil e taxas mais baixas, precisamos cada vez mais de alfa para que nosso viés sobre a ação melhore”, explica.

Para o banco, a administração tem trabalhado em várias novas iniciativas, mas provavelmente é necessário mais para que a ação ganhe momento nos próximos meses.

“Por agora, mantemos a nossa recomendação de Compra (ajudada pela recente queda das ações), mas vemos espaço limitado para que a ação tenha um desempenho superior no curto prazo sem um melhor sentimento/beta do mercado”, completa.

Na visão do BofA, um ambiente de taxas elevadas está levando a volumes fracos de negociação de ações e fraca atividade nos mercados de capitais, e adiando uma melhoria esperada nos lucros da XP, o que parece estar refletido na avaliação em 13x o preço sobre o lucro (P/E).

A recomendação é de compra.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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