Comprar ou vender?

XP reduz projeções para Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3) às vésperas dos resultados do 3T25

03 nov 2025, 18:21 - atualizado em 03 nov 2025, 18:23
Petróleo
Petróleo (Imagem: REUTERS/Christian Hartmann)

A XP Investimentos cortou as projeções para Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3), ajustando a premissa de Brent para US$ 65 por barril, ante US$ 70, após forte volatilidade nos preços do petróleo em outubro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os preços-alvo caíram de R$ 66 para R$ 60 (Prio), de R$ 27 para R$ 20 (Brava) e R$ 22 para R$ 15 (RECV), mas as recomendações de compra permanecem, com FCFE projetado em 2027 de 35% (PRIO), 28% (Brava) e 20% (RECV).

Recentemente, a XP também revisou o preço-alvo da Petrobras para R$ 37 por ação, com potencial de alta de 24%.

As revisões são feitas às vésperas da divulgação dos resultados do terceiro trimestre.

A instituição alerta que os principais riscos incluem queda do Brent abaixo de US$ 65 por barril e fatores específicos de cada empresa, como o início de operação do campo Wahoo pela Prio, a estabilização das taxas de declínio em Brava e a eficiência do Capex na PetroReconcavo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Prio

A Prio divulga seus resultados do 3T25 nesta terça-feira (4), e a XP vê receita líquida crescendo 16%, atingindo US$ 554 milhões, enquanto o Ebitda ajustado deve subir 5%, para US$ 345 milhões. A margem Ebitda, porém, tende a recuar 6 pontos percentuais, para 62%.

O lucro líquido é projetado em US$ 93 milhões, o que representa queda de 44% frente ao terceiro trimestre de 2024, com margem líquida encolhendo 18 pontos percentuais, para 17%.

Para a XP, o terceiro trimestre de 2025 da Prio deveria representar uma recuperação significativa após um segundo trimestre fraco, impactado por paralisações de produção em Frade. No entanto, disse, o cenário acabou sendo mais complexo, com a interdição do campo de Peregrino pela ANP em setembro, o que afetou de forma relevante a produção do período.

A produção no trimestre totalizou 88 mil barris por dia, uma queda de 12% na comparação trimestral. O ponto positivo veio da redução dos estoques: as vendas somaram 8,8 milhões de barris, acima da produção de cerca de 8,1 milhões, representando alta de 8,2% sobre o trimestre anterior. O preço do Brent permaneceu praticamente estável, com leve avanço de 1,5% na base trimestral.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Brava

A Brava, que divulga resultados nesta quarta (5), deve apresentar receita líquida de R$ 3,07 bilhões, alta de 40% na comparação com o terceiro trimestre de 2024.

O Ebitda ajustado deve crescer 76%, para R$ 1,31 bilhão, enquanto a margem Ebitda deve aumentar 9 pontos percentuais, chegando a 43%.

Apesar da melhora operacional, o lucro líquido projetado pela XP é de R$ 102 milhões, uma queda de 86% em relação ao ano anterior. A margem líquida deve recuar 29 pontos percentuais, para 3%.

Ao comentar sobre a base trimestral, a XP disse que espera algum acúmulo de estoques e que a apreciação do real tenha impacto negativo sobre a receita líquida. Já o lucro deve ser impactado por recebíveis da Yinson.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para a XP, este seria “outro bom trimestre” para a empresa, após anterior ter sido um ponto de virada na tese da Brava, com a geração de fluxo de caixa livre voltando a ser positiva e um avanço significativo da produção em Atlanta.

A produção deve atingir cerca de 91,8 mil barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 7% em relação ao trimestre anterior, impulsionado principalmente pelo gás natural (+30% t/t, para cerca de 18,4 mil barris de óleo equivalente por dia). A produção de petróleo deve crescer de forma mais moderada (+2,4% t/t, para cerca de 73,4 mil barris por dia).

A XP projeta mais um trimestre de forte geração de caixa livre para o acionista (FCFE), estimado em R$ 260 milhões (excluindo os recebíveis da Yinson), o que corresponde a um rendimento aproximado de 4%.

PetroReconcavo

A XP Investimentos projeta que a PetroReconcavo (RECV3) apresente, na quinta (6), uma receita líquida de R$ 756 milhões, queda de 14% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado deve recuar 25%, para R$ 354 milhões, com a margem Ebitda encolhendo 7 pontos percentuais, para 47%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo com o ambiente mais desafiador, o lucro líquido deve crescer 12% na base anual, alcançando R$ 178 milhões. A margem líquida deve avançar 6 pontos percentuais, para 24%.

A produção média recuou para 26,4 mil barris de óleo equivalente por dia (-3% t/t), principalmente devido ao petróleo (-5% t/t, para 15,6 mil barris por dia), enquanto o gás ficou mais estável em 10,8 mil barris por dia (-2% t/t), disse a XP. As vendas de petróleo acompanharam a tendência de produção e caíram 4% t/t.

“Esperamos que o fluxo de caixa do trimestre continue pressionado por maiores investimentos (Capex), resultando em fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) negativo pelo segundo trimestre consecutivo — embora em patamar melhor que o do 2T25”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
Linkedin
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar