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XP: para 68% dos empresários, coronavírus deve ter pequeno impacto nos negócios

06 mar 2020, 15:45 - atualizado em 06 mar 2020, 15:46
XP Inc XP Investimentos
Segundo o levantamento da XP, empresários brasileiros sofrerá um impacto muito pequeno diante do coronavírus (Imagem: XP Inc/Linkedin)

Apesar do temor e impacto negativo do coronavírus nos mercados de ações por todo o mundo, a maior parte dos empresários brasileiros acreditam que a doença terá um impacto pequeno ou muito pequeno, segundo levantamento pela XP Empresas, da Xp Inc (XP). A pesquisa foi realizada com empresas entre os dias 28 de fevereiro e 3 de março.

O levantamento aponta que 68% dos entrevistados responderam nesse sentido, enquanto que, para 18% dos empresários, o impacto do vírus na atividade das empresas deve ser grande.

Além disso, a pesquisa aponta que as consequências da chegada do coronavírus estão sendo sentidas de forma mais intensa entre as empresas de grande porte: 22% afirmaram ter tido impacto grande ou muito grande.

Entre as empresas de médio porte, 49% relataram não ter sentido efeitos e outros 40% verificaram impacto pequeno ou muito pequeno. A menor influência da disseminação do vírus foi registrada entre micro e pequenas empresas: 53% responderam não ter sofrido impacto e outros 46% relataram efeitos pequenos ou muito pequenos.

Confirmados diversos casos de coronavírus no Brasil e com 636 pessoas suspeitas de contágio, a sondagem realizada pela XP foi realizada com empresas de diversos setores.

Na contramão da desaceleração econômica esperada, 9% das respostas sobre impactos nas empresas foram de aumento de demanda. Entre as empresas do setor de saúde que responderam à sondagem (7% do universo da amostra), 33% informaram alta no número de clientes.

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Impacto por setores

Em relatório divulgado na véspera, o Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) apontou que entre os setores a serem impactados, o de açúcar e álcool deve ser o principal deles, em função da queda nos preços das commodities internacionalmente, em especial o segmento de etanol, em que há paridade aos preços de petróleo.

O BB-BI avalia que o impacto no setor aéreo é relevante, com perspectiva de redução nos números de passageiros em viagens de lazer e corporativas internacionais. A gestão da frota no mercado doméstico será o diferencial das companhias.

Em alimentos e agro, o BB-Bi também espera impactos negativos relevantes, tanto em demanda quanto em preços, no setor de proteína animal e vegetal no curto prazo, diante da exposição dos exportadores brasileiros ao mercado chinês.

Além disso, os setores de mineração, papel e celulose e de petróleo e gás também devem sofrem alto impacto com a epidemia da doença.

investing@moneytimes.com.br