Economia

XP reduz projeção para inflação de 2025, mas mantém alerta para pressões em 2026

09 jun 2025, 11:24 - atualizado em 09 jun 2025, 11:24
inflação IPCA
(Imagem: joaogbjunior/Pixabay)

XP Investimentos cortou a projeção para a inflação deste ano de 5,7% para 5,5%. A atualização reflete surpresas baixistas recentes e moderação nos preços ao atacado, afirma o economista Alexandre Maluf.

A prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio ficou abaixo das expectativas, com destaque à inflação de bens industrializados. As leituras recentes de inflação ao produtor também se mostraram bem comportadas.

“Tudo indica que a maior parte do impacto altista da depreciação cambial do segundo semestre de 2024 parece ter se dissipado. Com isso, projetamos preços menos pressionados no segundo semestre, especialmente para bens duráveis”, afirma Maluf.

O economista ainda afirma que a inflação de serviços também foi relativamente contida em maio, mas pondera que o alívio pode ser temporário.

“Fomos surpreendidos com as taxas de variação baixas nos itens de aluguéis e condomínios nos últimos três meses. Itens voláteis, como passagens aéreas, também surpreenderam para baixo. No entanto, os fundamentos para a inflação de serviços — emprego, renda, inércia — não indicam queda persistente e disseminada adiante”.

Maluf ressalta ainda as surpresas baixistas em preços de alimentos. “Os preços de alimentos avançaram muito abaixo das expectativas no IPCA-15 de maio (0,30% versus 0,60%), devido a itens voláteis como frutas, tubérculos e hortaliças”, diz.

Fundamentos seguem desafiadores para a inflação de 2026

A projeção da XP para a inflação de 2026 segue em 4,7%, acima do intervalo de tolerância da meta perseguida pelo Banco Central. Maluf diz que os fundamentos seguem desafiadores, em meio a estímulos econômicos e mudanças no setor elétrico.

O economista diz que a redução na projeção para o IPCA de 2025 implica menor inércia inflacionária para os grupos de preços livres em 2026. No entanto, a nova medida provisória do setor elétrico deve implicar reajustes mais elevados nas tarifas de energia, compensando o efeito baixista.

Além disso, a demanda interna deve seguir aquecida, na esteira do mercado de trabalho aquecido e de medidas governamentais de estímulo.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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