XP (XPBR31) tem lucro recorde de R$1,3 bihão, mas queda em captação

A XP Inc (XPBR31) reportou nesta segunda-feira (18) lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de (2T25), alta de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi um resultado recorde, com melhora na receita do varejo e rentabilidade.
Estimativas compiladas pela LSEG apontavam lucro de R$ 1,26 bilhão para a companhia, um dos principais provedores de produtos e serviços financeiros no Brasil.
No segundo trimestre, contudo, a XP registrou uma captação líquida total de apenas R$ 10 bilhões, bem menor do que os R$ 32 bilhões no mesmo período de 2024 e dos R$ 24 bilhões nos primeiros três meses do ano.
Apenas no varejo, a captação líquida somou R$16 bilhões, 21% menor contra o trimestre anterior e 34% menor contra o mesmo período do ano anterior.
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O período também apurou expansão de 10% ano a ano e no trimestre nas despesas administrativas e gerais, para R$ 1,56 bilhão.
Ainda assim, os ativos totais de clientes aumentaram para R$ 1,372 trilhão —) alta de 14% ano a ano e de 3% na base trimestral. Quando incluídos os ativos sob gestão, a cifra alcança R$1,9 trilhão, elevação de 17% ano a ano.
Varejo puxa receita da XP
A receita bruta somou R$ 4,7 bilhões, alta de 4% ano a ano, puxada pelo varejo (+9%), com a renda fixa mais uma vez como destaque nessa comparação, com expansão de 20%, a R$ 988 milhões, enquanto renda variável teve queda de 8%, a R$1,03 bilhão.
Na base trimestral, porém, a renda variável — que voltou a responder pelo maior montante — cresceu 7%, enquanto renda fixa encolheu 3%.
De acordo com a XP, a receita no segmento institucional ficou estável no trimestre e cedeu 1% ano a ano, a R$343 milhões, enquanto a de grandes empresas e mercados de capitais mostrou recuo de 13% em 12 meses e de 3% no trimestre.
A receita líquida cresceu 6%, para R$4,46 bilhões, com destaque para expansão no segmento de varejo.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) ficou em 24,4%, de 22,1% um ano antes, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido tangível (que exclui intangíveis e ágio) anualizado (ROTE) passou de 27,2% para 30,1% ano a ano.
A XP afirma que o ROTE permite uma comparação mais assertiva com outros concorrentes.
A XP encerrou junho com 4,72 milhões de clientes ativos, acréscimo de 1% em relação ao final de março e de 2% ante o mesmo período do ano passado. O número de assessores ficou quase estável em 18,2 mil, de 18,3 mil um ano antes e 18,1 mil no primeiro trimestre.