Renda Fixa

XP tem saída de sócios de renda fixa e levanta dúvida; como investir com taxa Selic em queda

20 out 2022, 12:09 - atualizado em 20 out 2022, 12:09
Renda Fixa
XP perde sócios, incluindo na área de renda fixa. Veja se ainda vale a pena investir na classe com a Selic na iminência de queda. (Imagem: Adobe Stock/Montagem: Giovanna Figueredo)

A XP (XP) registrou a saída de dois sócios nesta semana nas áreas de empresas (Rodrigo Moreira) e de renda fixa (Rubens Machado), de acordo com movimentações reportadas pelo colunista Lauro Jardim, de “O Globo“. Será que o investidor também deve cair fora da renda fixa?

Machado era um sócio mais antigo, na casa desde 2011. Ele liderava a área comercial de renda fixa e as suas funções foram divididas entre Leandro Cruz, chefe de mercados globais, e Lucas Rabechinni, diretor de produtos financeiros.

A XP não comenta, mas internamente o que se fala é que as movimentações foram encaradas com naturalidade. Nenhum dos executivos era membro da diretoria.

Renda fixa com Selic caindo

O Brasil chegou ao fim do ciclo de alta da taxa Selic a 13,75% ao ano e um possível ajuste residual de 0,25 ponto percentual tem pouca probabilidade.

Apesar do diferencial de juros de fazer necessário dado que os Estados Unidos ainda estão apertando os cintos (o mercado até aposta em mais duas altas de 0,75 pp), há quem diga que a Selic já deve ter o seu primeiro corte a partir de março de 2023.

Normalmente, investidores só procuram a renda fixa quando se tem notícia de que a taxa Selic vai continuar subindo. No entanto, também é possível fazer dinheiro com a queda de juros usando os títulos prefixados e a venda antecipada.

Hora de comprar prefixados

O que permeia uma decisão de alocação nos títulos prefixados, é avaliar se a inflação que o mercado está projetando nos títulos públicos para os próximos anos, será mais baixa do que está precificado atualmente.

A Genial Investimentos explica o Brasil em breve de iniciar o movimento de corte da taxa Selic, dado o patamar já bastante restritivo das taxas de juros, atividade global entrando em recessão, fazendo o preço das commodities caírem, aliviando ainda mais a projeção de aumento no nível de preços mais a frente.

“Historicamente, em momentos onde há a percepção de que o Banco Central vai passar a cortar juros, a alocação em ativos prefixados tem um retorno esperado superior as alocação em títulos indexados ao CDI ou os indexados a inflação“, avalia o analista de renda fixa André Fialho.

Funciona da seguinte maneira o investimento em renda fixa com a queda da Selic: quando as taxas de rentabilidades oferecidas ao investidor caem, os preços que valem cada título sobem proporcionalmente.

Quem acompanha o mercado de títulos públicos no Tesouro Direto ou o mercado de títulos bancários (CDBs, LCAs e LCIs), já percebeu que não encontra mais as taxas mais atrativas que eram oferecidas nas últimas semanas.

Por outro lado, o preço dos mesmos títulos de renda fixa tiveram valorização no período.

É interessante o investidor vender um título prefixado por um preço maior que o adquirido antes do vencimento, tendo a oportunidade de aplicar o dinheiro em investimentos mais atrativos no momento.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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