Ibovespa Yduqs (YDUQ3) acumula indicações de compra após resultados do 1T24; ação derrete mais de 11%
As ações da Yduqs (YDUQ3) chegaram a derreter mais de 11% na Bolsa nesta segunda-feira (13), em reação à divulgação do balanço referente ao primeiro trimestre de 2024 (1T24). Por volta de 14h40, os papéis caíam 11,47%, a R$ 13,82.
Na avaliação dos analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello, do BTG Pactual, o conjunto de números reportados vieram em linha com o esperado, com aumento de 11% do lucro líquido na base anual, o que avaliam como “não tão poluído quanto nos trimestres anteriores”.
Apesar de não enxergarem os resultados como excepcionais, os analistas ponderam que também não decepcionaram.
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“Acreditamos que parte da pressão de margem vista no segmento EAD possa diminuir pelo resto do ano, resultando em um melhor desempenho operacional no futuro. Portanto, continuamos compradores da Yduqs, pois ela tem as melhores perspectivas de geração de caixa em nossa cobertura do setor educacional”, defendem.
A Genial Investimentos aponta o resultado como “morno”, com destaque positivo para o topline, que ficou 4,0% acima das expectativas da casa − reflexo de uma maior captação na BU (unidades de negócio) presencial em relação ao estimado.
Destaque negativo para o bottom line, consolidado R$ 10 milhões abaixo da estimativa da Genial, dado a baixa de um maior montante de valores a pagar de aquisições, consolidado na linha de Outras Despesas Operacionais.
Os analistas Iago Souza e Nina Mirazon, que assinam o relatório, têm recomendação de compra para YDUQ3, com preço-alvo em R$ 27.
Eles entendem que, apesar de a companhia não atualizar o guidance para o próximo trimestre, as perspectivas de lucro devem ficar concentradas ao longo do segundo semestre.
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Já os analistas do Santander, Caio Moscardini, Carolina Correia e Guilherme Gripp, endossam o coro de resultados mistos no 1T24. O banco tem classificação “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para YDUQ3, com preço alvo de R$ 31.
Do lado negativo, destacam o volume decepcionante para o segmento presencial, as provisões para devedores duvidosos deterioraram-se acima das expectativas (novo padrão de provisionamento do DIS e altas entradas recentes), impulsionando o ajuste.
“Do lado positivo, o segmento premium continua forte (destaque positivo do Ibmec) e os preços para alunos de nível superior aumentaram acima da inflação em todos os segmentos”, ponderam.
Os analistas Marcio Osako, do Bradesco BBI e Flávia Monte, da Ágora Investimentos, mantém a recomendação de compra para YDUQ3 após os resultados, devido à dinâmica positiva de resultados e um valuation atraente (10x e 7,5x o múltiplo P/L para 2024 e 2025, respectivamente).
A XP Investimentos é mais uma que viu os números apresentados pela Yduqs como neutros, destacando que a margem Ebtida ajustada foi pressionada por um aumento na PDD (Provisão para Devedores Duvidosos).
Os analistas Rafael Barros e Raphael Elage, que assinam relatório, apontam que a alavancagem continua um pouco alta, mas mostrando uma redução gradual. A conversão de caixa diminuiu na base anual, embora a empresa afirme que isso representa uma mudança na sazonalidade do contas a pagar.
“Finalmente, destacamos que o volume de itens não recorrentes reduziu significativamente em uma base T/T, e que a empresa não forneceu um guidance para os próximos trimestres. Apesar dos resultados neutros, nossa visão em relação às ações do setor de educação permanece construtiva, especialmente apoiada pelo momentum de resultados”, concluem.
Balanço do 1T24 da Yduqs
A Yduqs registrou lucro líquido consolidado de R$ 150,7 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), ligeiro avanço de 0,8% na comparação ano a ano. O balanço foi divulgado na sexta-feira (10), após fechamento do mercado.
Em termos ajustados, o lucro líquido somou R$ 173 milhões, aumento de 11,2% em relação à mesma etapa de 2023. Analistas, em média, esperavam um lucro de R$ 184 milhões para a Yduqs no período, segundo dados da LSEG.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 509,1 milhões no período, alta de 3% em relação ao mesmo período no ano passado, mas abaixo do esperado pelo mercado, de R$ 524 milhões.
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O Ebitda ajustado foi de R$ 517,2 milhões, crescimento de 6,8% ano a ano. A margem Ebitda ajustada recuou 1,6 ponto percentual, a 35,3%.
A base total de alunos da organização do setor de ensino superior subiu 5,3%, para 1,38 milhão, com alta nos segmentos de ensino digital (+6%), presencial (+2%) e premium (+18%). Já a captação total no trimestre somou 266,5 mil alunos, praticamente estável no comparativo anual.
O grupo de educação teve receita líquida consolidada de R$ 1,46 bilhão, avanço de 11,5% em relação aos três meses encerrados em março de 2023.
*Com informações da Reuters
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