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Yduqs (YDUQ3) cai mais de 5% após gestora reduzir posição e banco rebaixar papel

17 jan 2025, 11:38 - atualizado em 17 jan 2025, 18:48
Yduqs
As ações da Yduqs também são pressionadas pelo rebaixamento de recomendação pelo JP Morgan e abertura da curva de juros brasileira (Imagem: Divulgação)

As ações da Yduqs (YDUQ3) operaram na sessão desta sexta-feira (17) com forte queda, na liderança da ponta negativa do Ibovespa (IBOV) e da B3. Os papéis também estiveram entre os mais negociados na bolsa brasileira. 

Nos primeiros minutos do pregão, o papel da companhia chegou a recuar 6,48%. YDUQ3 fechou com baixa de 5,71%, a R$ 8,58. 



A queda das ações da companhia de educação foi puxada pela notícia de que a SPX, de Rogério Xavier, reduziu a posição na Yduqs. 

Segundo comunicado ao mercado, divulgado na noite de ontem (16), a gestora reduziu a participação de 5,19% para 4,90% do capital social da empresa — o que equivale à venda de cerca de 1,8 mil ações ordinárias. 

Com a operação, a SPX agora detém 14.162.431 de ações ordinárias da Ydqus e o movimento acontece quatro meses depois de a gestora aumentar a posição na empresa

O que mais mexe com a ação da Yduqs? 

As ações da Yduqs (YDUQ3) também foram pressionadas pelo rebaixamento de recomendação de compra para neutra pelo JP Morgan

O banco cortou o preço-alvo de R$ 18 para R$ 10,50 — o que ainda representa um potencial de valorização de 15,4% sobre o preço de fechamento da última quinta-feira (16). 

O desempenho do setor de educação também puxa Yduqs (YDUQ3) para o tom negativo, pressionado pela abertura da curva de juros — com os investidores mais avessos ao risco com a proximidade da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para segunda-feira (20). 

As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) encostaram em 15%, com destaque para os vencimentos de longo prazo. 

Por volta de 11h (horário de Brasília), o contrato de DI para janeiro de 2026, de curtíssimo prazo, operava a 14,97% ante o ajuste anterior de 14,90%. Já o DI para 2035 subia a 14,84% contra 14,73% no fechamento de ontem (16). 

Entre outros fatores, o republicano deve colocar em prática as medidas mais protecionistas, como a imposição de tarifas para produtos de vários países. E o Brasil está entre os alvos de Trump. 

Essas medidas também devem fortalecer o dólar em todo o mundo e pressionar, em maior grau, as moedas emergentes como o real. 

Isso deve manter as taxas de juros, a Selic, ainda em níveis altos, combinado com a incertezas sobre o cenário doméstico e perspectiva de inflação acima da meta de 3% em 2025 — e refletir na curva de juros, e, consequentemente, pressionando as ações cíclicas. 

Hoje (17), apenas a Cogna (COGN3) operou em tom positivo na bolsa. Os papéis da empresa subiram 1,63%, a R$ 1,25, em reação ao anúncio do programa de recompra de até 144,2 milhões de ações no período de 12 meses. A preferência do JP Morgan pela companhia no setor de educação também impulsiona os papéis. Acompanhe o Tempo Real. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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