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Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) caem mais de 5% e lideram perdas do Ibovespa: o que derruba as ações hoje (20)?

20 maio 2025, 12:02 - atualizado em 20 maio 2025, 17:34
As ações da Cogna e da Yduqs reagem às mudanças do ensino a distância anunciadas pelo MEC; setor de educação cai em bloco (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

As ações da Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) lideraram a ponta negativa do  Ibovespa (IBOV), com queda de mais de 5%, acompanhando o desempenho do setor de educação.

COGN3 encerrou a sessão como a maior queda do índice com baixa de 7,79%, a R$ 2,84; enquanto YDUQ3 caiu 5,07%, a R$ 14,97. Negociados fora do Ibovespa, os papéis de Ânima (ANIM3) recuaram 8,39%, a R$ 4,04 e Ser Educacional (SEER3) inverteu o sinal na reta final da sessão e fechou com alta de de 2,44%, a R$ 9,23; e . Acompanhe o Tempo Real. 

O setor de educação reage negativamente ao novo marco regulatório para os cursos de ensino superior, divulgado ontem (9) pelo Ministério da Educação (MEC), com novas regras para as modalidades presencial, semipresencial (hibrido) e a distância (EAD).

A partir de agora, os cursos de direito, medicina, odontologia, enfermagem e psicologia só poderão ser ofertados exclusivamente na modalidade presencial. Outros cursos da área de saúde e licenciatura também não poderão ser ofertados a distância, mas as instituições educacionais poderão adotar o formato semipresencial.

Na avaliação do JP Morgan, as novas medidas vieram mais restritivas do que o esperado.

“Dois aspectos vieram mais negativamente do que a maioria das discussões que vimos anteriormente: o limite de 30% de EAD para cursos presenciais; e a proibição de ensino a distância e semipresencial para certos cursos, especialmente enfermagem”, escreveram os analistas Marcelo Santtos, Jessica Mehler e Livea Mizobata.

Já o BTG Pactual avalia que o impacto das novas regras deve ser negativa para as empresas do setor, principalmente para as companhias com alta exposição ao EAD — ou seja, para 67% dos players do setor.

“Isso aumenta os custos com o corpo docente em um segmento que historicamente tem tido dificuldade para repassar a inflação de custos para as mensalidades. Nem é preciso dizer que os players mais expostos ao ensino a distância devem ser mais afetados do que os outros”, disseram os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello em relatório.

“Assim, além do aumento de custos, essas instituições poderão enfrentar dificuldades para manter parte da base de alunos ao longo do tempo”, acrescentaram os analistas.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.