Internacional

Yields saltam na Europa e EUA com sinais de inflação persistente

28 out 2022, 14:24 - atualizado em 28 out 2022, 14:24
Yields
Dados de inflação na França, Alemanha e Itália superaram as expectativas dos analistas e levaram o mercado a desfazer apostas de que o fim dos aumentos agressivos de juros estaria próximo (Imagem: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

Os yields dos títulos soberanos na Europa e nos EUA dispararam com sinais de que a inflação continua persistente e é cedo para esperar que os bancos centrais desacelerem seus ciclos de aperto.

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Uma onda que começou na zona do euro rapidamente se espalhou para os Treasuries americanos na sexta-feira, e os yields de 10 anos subiram até 0,13 ponto percentual.

Dados de inflação na França, Alemanha e Itália superaram as expectativas dos analistas e levaram o mercado a desfazer apostas de que o fim dos aumentos agressivos de juros estaria próximo.

Expectativas que bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, estariam se preparando para desacelerar o ritmo do aperto monetário haviam alimentado uma queda nos yields nos últimos dias. Mas a inflação mostra poucos sinais de alívio.

“Os bancos centrais definitivamente ainda não podem reivindicar vitória na luta contra a inflação”, disse Gregoire Pesques, gestor da Amundi. “Para realmente haver uma reversão no mercado, precisa haver uma diminuição na volatilidade.”

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O mercado ficará de olho em qualquer sinal de que as autoridades do Fed estejam suavizando sua postura hawkish quando definirem a taxa de juros na próxima semana.

Embora se espere que eles aumentem os juros em mais 0,75 ponto percentual, a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, disse na semana passada que os formuladores de política monetária devem começar a planejar uma redução no tamanho dos aumentos de juros, o que ajudou a alimentar a especulação de que o ritmo agressivo de aperto deve desacelerar.

Os sinais dovish “podem levar a outro FOMC volátil se o Fed decidir ir contra um afrouxamento das condições financeiras com uma nova retórica hawkish”, disse James Wilson, gestor sênior da Jamieson Coote Bonds, que administra US$ 3,7 bilhões.

O JPMorgan Asset Management está entre os que apostam que a alta dos yields tem fôlego, apesar de apostas renovadas de que o Fed começará a cortar juros no próximo ano.

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bloomberg@moneytimes.com.br