Após trimestre difícil, C&A está pronta para uma recuperação, dizem analistas
Analistas da Guide Investimentos e da Mirae Asset reconheceram que o desempenho da C&A (CEAB3) no segundo trimestre foi bastante afetado pela pandemia de covid-19, que levou ao fechamento das lojas físicas e a uma queda expressiva de 77% do SSS (Vendas nas Mesmas Lojas) no período.
No entanto, a companhia já está se recuperando da performance ruim dos meses passados.
“Este valor já começou a dar sinais de melhora com o mês de julho encerrando com cerca de 85% das lojas reabertas”, disse a Guide.
A corretora também destacou que os números apresentados pela varejista vieram em linha com o que o consenso esperava.
A C&A registrou um prejuízo líquido de R$ 192,1 milhões, tendo revertido o montante positivo de R$ 25,8 milhões do mesmo período de 2019.
A receita líquida retraiu 76,6%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 294,5 milhões, enquanto o Ebitda ajustado terminou com um saldo negativo de R$ 114 milhões.
O destaque ficou para a atuação da marca no e-commerce. As vendas líquidas online saltaram 356% no trimestre. Consolidando o desempenho das lojas físicas com o omnichannel, a C&A encerrou o trimestre com quase 60% das vendas totais de mercadorias do ano passado.
A Mirae defendeu que o pior cenário com o coronavírus já passou. Agora, espera-se que a companhia recupere suas vendas e margens ao longo dos próximos trimestres, amparada pelo cenário de juros e inflação baixos e pela retomada gradual da economia.
A gestora manteve a recomendação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 14,50.
Mais digital
O BTG Pactual (BPAC11) também reiterou seu otimismo sobre a C&A. De acordo com o banco, a empresa ainda pode surpreender com as iniciativas que tem realizado nos canais digitais.
“Com suas lojas fechadas durante a pandemia, a C&A acelerou suas iniciativas digitais. O envio da loja agora está disponível em 216 lojas (vs. 80 no primeiro trimestre de 2020), enquanto o conceito de corredor infinito está agora em todas as lojas”, afirmou.
O time de análise do BTG seguiu com a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 18.