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10 super fundos imobiliários que entregaram dividendos e valorização das cotas; o que esperar para 2022?

25 jan 2022, 14:30 - atualizado em 26 jan 2022, 10:48
Fundos Imobiliários
Pelo menos dez fundos imobiliários uniram valorização das ações e altos dividendos

Ganhar com dividendos e com valorização das cotas é o melhor dos mundos — foi o que aconteceu com pelo menos 10 fundos imobiliários no último ano, segundo levantamento da Economática.

Veja a seguir: 

Fundo Imobiliário Ticker Dividend Yield* Valorização da cota**
Urca Prime Renda URPR11 18,51% 55,75%
Habitat II HABT11 16,47% 10,51%
Riza Arctium Real Estate ARCT11 15,31% 20,72%
Devant DEVA11 13,79% 20,65%
Kinea Securities KNSC11 13,71% 19,65%
Kinea High Yield KNHY11 13,52% 10,95%
REC Recebíveis Imobiliários RECR11 12,95% 11,51%
Valora Cri Indice VGIP11 12,74% 11,31%
HSI Ativos Financeiros HSAF11 12,57% 15,89%
Kinea Índices Preços KNIP11 12,85% 5,20%
*Entre 21 de janeiro de 2021 e 2022
**Entre 21 de janeiro de 2021 e 2022

O que esperar dos fundos imobiliários?

Mesmo que os fundos imobiliários continuam sofrendo com a alta da taxa de juros, analistas destacam oportunidades de longo prazo que surgiram no setor imobiliário, já que muitas cotas estão baratas.

“Vemos uma oportunidade de investimento no setor, com visão de longo prazo, considerando a qualidade dos FIIs e preços exageradamente abaixo do valor patrimonial”, comenta o Inter Research em relatório.

O que esperar de cada segmento?

  • Logística

Os fundos imobiliários logísticos foram uma exceção em 2021. Impulsionados pelo crescimento do e-commerce no Brasil em razão das restrições impostas ao longo dos últimos dois anos, os ativos do segmento mostraram certa resiliência na crise.

Com o aumento da demanda, o setor logístico precisou aprimorar suas operações. Novos galpões surgiram e padrões de exigência foram elevados, gerando, segundo o Inter, um aumento de preço em ativos de qualidade e maior procura por imóveis construídos sob medida.

Aproveitando o mercado aquecido, os fundos imobiliários estão desenvolvendo seus portfólios, adquirindo novos espaços para aumentar a ABL (área bruta locável) e gerando novas receitas.

  • Shoppings

FIIs ligados a shoppings têm grandes oportunidades de valorização, de acordo com o Inter. Analistas destacam que, antes da pandemia, os ativos negociavam entre 15-30% acima do seu valor patrimonial, enquanto negociam atualmente com uma média de 10% de desconto.

Com a flexibilização das restrições e o avanço da vacinação, os shoppings voltaram a funcionar, trazendo boas perspectivas de retomada.

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O Inter espera uma retomada do ciclo de alta no mercado corporativo em 2022, dado o aumento gradativo da demanda
  • Escritórios

A pandemia trouxe novas tendências na área corporativa. Com a propagação do coronavírus, empresas começaram a adotar o home office, o que contribuiu para o aumento de vacância e inadimplência no segmento de escritórios.

Assim como os shoppings, os escritórios voltaram a funcionar após a flexibilização das normas restritivas, embora o modelo de trabalho híbrido tenha se tornado uma realidade para as empresas.

No entanto, o Inter espera uma retomada do ciclo de alta no mercado corporativo em 2022, dado o aumento gradativo da demanda e a elevação dos padrões de exigência por qualidade.

  • Recebíveis

Os fundos imobiliários de papel atraem os investidores em momentos de maior turbulência. O Inter destaca que os fundos imobiliários de papel são uma boa alternativa para diversificar a carteira e mitigar os riscos da crise.

“Esse setor de FIIs investe em ativos de renda fixa, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras Hipotecárias (LH), entre outros, e por isso esse tipo de fundo costuma possuir uma maior previsibilidade de resultados”, explica.

Em um momento de alta de juros, as dívidas são corrigidas de acordo com os indexadores, o que torna os títulos mais rentáveis. A correção é repassada aos investidores em forma de dividendos.

“A média de distribuição da classe está em 11% ao ano, superior à média de 9% ao ano do Ifix, e quase o dobro da média dos FIIs de tijolo”, comenta o Inter.

  • Fundos de fundos

Os fundos de fundos (FOFs) são bastante prejudicados pelas quedas do mercado. No entanto, o Inter chama atenção para os “patamares muito descontados” do segmento, uma vez que os fundos são negociados em média entre 70-80% do valor patrimonial.

“Certamente, com uma valorização do mercado, os FOFs serão fortemente beneficiados e podem retomar ao seu movimento pré-pandemia”, afirmam os analistas.

*Com Diana Cheng

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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