Política

100 anos de sigilo: Bolsonaro pode ter se vacinado contra covid; veja quais informações já foram abertas

18 fev 2023, 12:58 - atualizado em 18 fev 2023, 12:58
Ex-presidente Jair Bolsonaro Justiça dinheiro projeto de lei
A CGU investiga se o cartão de vacinação do ex-presidente Jair de Bolsonaro foi adulterado. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Mais informações do ex-presidente Jair Bolsonaro estão sendo divulgadas pelo governo Lula. Ontem, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, afirmou haver registros de que Bolsonaro se vacinou contra a covid-19.

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O registro é do dia 19 de julho de 2021, em São Paulo. Como Bolsonaro disse mais de uma vez que não tomou nenhuma dose da vacina, a CGU investiga se o cartão foi adulterado.

Em entrevista a CNN, o ex-presidente afirmou cogitar a possibilidade de processar o ministro da CGU.

A CGU também determinou que o Exército divulgue a íntegra do processo disciplinar instaurado contra o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. As Forças Armadas têm até 10 dias para liberar as informações.

Cartão corporativo

Os primeiros dados a serem divulgados de Bolsonaro foram os seus gastos de cartão corporativo, após pedido da agência de dados especializada em Lei de Acesso à Informação Fiquem Sabendo.

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Do dia 1º de janeiro de 2018 até o dia 19 de dezembro de 2022, Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões, sendo que a maioria dos gastos são com hospedagem e alimentação.

Alguns gastos chamam a atenção. No dia 26 de outubro de 2021, Bolsonaro pagou R$ 109 mil em um restaurante que serve marmita no centro de Boa Vista, em Roraima.

Neste dia, ele foi à Roraima visitar um abrigo para imigrantes venezuelanos. Ele também participou de um encontro com indígenas, almoçou com o comando do Exército e participou de um culto da Igreja Assembleia de Deus.

Ele também gastou R$ 31 mil em serviços da companhia aérea Latam no dia 28 de maio de 2019. Neste dia, ele se encontrou com ministros em Brasília.

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Visitas

Em janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) divulgou que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teve 565 registros de entradas na residência oficial entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022.

Entre as pessoas que visitaram Michelle está Nídia Limeira de Sá, que foi diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação. Ela esteve no Palácio do Planalto 51 vezes no período analisado.

Quem também bateu ponto por lá foi o Pastor Claudir de Goes Machado, que se identifica como “de direita e conservador”.  Ele visitou a ex-primeira-dama 31 vezes no último ano.

Ela também recebeu a visita de cabeleireiros e estilistas.

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Os sigilos de 100 anos de Bolsonaro

Durante o seu mandato, Bolsonaro impediu a divulgação de informações que ele classificava como pessoais. Entre os pedidos feitos para a administração de Bolsonaro que tiveram o acesso negado estão:

  • cópia de comunicação entre o General Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro
  • informações sobre reuniões entre representantes da presidência e a empresa Precisa Medicamentos
  • registro de visitantes no Palácio do Planalto e na residência oficial, incluindo o chamado “cercadinho”
  • cópia de processo de servidor da Abin em caso de suposta punição por recebimento de propina
  • relação de operação de crédito do BNDES ligadas ao agronegócio
  • salários de funcionários do Banco do Brasil
  • relação de funcionários do Bando do Brasil que contraíram Covid
  • acordos de leniência firmados com empresas investigadas na Operação Lava Jato
  • currículos de funcionários comissionados nomeados na Funai
  • dados de porte de armas por parlamentares
  • telegramas e processos referentes às alegações de desvios de conduta cometidos por militares brasileiros em operações de paz comunicadas pela Unidade de Conduta e Disciplina das Nações Unidas entre 2015 e 2019
  • relação de empresas privadas recebidas por departamento do Exército que faz fiscalização de produtos controlados
  • porte de arma de Flávio Bolsonaro e Fabio Wajngarten
  • lista de passageiros de voos da FAB

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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