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4 ações de elétricas e o papel de saneamento para comprar agora, segundo Santander

13 jan 2023, 16:21 - atualizado em 13 jan 2023, 16:21
Linhas de transmissão de energia, energia elétrica
Equatorial é a ação top pick no setor de utilidades básicas (Imagem: Ag. Brasil/Marcello Casal Jr.)

Em relatório de atualização de teses, o Santander sugere aumentar exposição ao setor de utilidades básicas no Brasil, citando dois principais motivos:

  • as ações na América Latina continuam baratas; e
  • os papéis oferecem proteção contra a turbulência esperada para 2023.

A preferência recai sobre nomes de alta qualidade, com valuations baratos e uma assimetria atrativa. O Santander está mais otimista com elétricas, tendo Equatorial (EQTL3) como top pick, seguida de CPFL Energia (CPFE3), Alupar (ALUP11) e Eletrobras (ELET3).

Boa e barata

Na avaliação dos analistas, a Equatorial oferece qualidade com um valuation atrativo, além de oportunidades de crescimento.

“Gostamos da cultura corporativa e do histórico impressionante da administração em transformar ativos estressados”, acrescentam os analistas Andre Sampaio, Guilherme Lima e Francisco José Paz Díaz, em relatório publicado nesta quinta-feira (12).

Os analistas acrescentam que, desde o IPO em 2006, a companhia tomou decisões inteligentes em termos de alocação de capital, com diversas surpresas positivas ao longo dos anos. Para exemplificar, o Santander menciona a aquisição da Celg-D, com TIR (taxa interna de retorno) real estimado de 13,6%.

“Acreditamos que essas qualidades e experiência podem ser usadas para capturar bons retornos nas próximas oportunidades”, completam.

De acordo com o Santander, a Equatorial é negociada a 1,43 vez EV/RAB (valor da empresa sobre base de ativos regulatórios) para 2023, com TIR real de 11,5%.

Por que apostar em CPFE3, ALUP11 e ELET3?

Em relação às ações de CPFL, Alupar e Eletrobras, o Santander também cita como atrativo o valuation.

A instituição acrescenta que, no caso da CPFL, o perfil de baixo risco da companhia, com geração de caixa estável, pouco exposição ao risco hidrológico e preços de energia, além de um portfólio diversificado, sustenta a recomendação.

Já a Alupar, o Santander vê a elétrica contribuindo positivamente para a carteira do investidor, fortalecendo o portfólio em 2023 devido ao seu caráter defensivo contra a inflação e à geração de caixa estável.

Sobre a Eletrobras, o Santander gosta da capacidade da companhia de melhorar significativamente seus resultados por meio de corte de custos. Além disso, sua alta exposição ao segmento de transmissão é um fator positivo.

O Santander ainda enxerga oportunidades de redução do custo de capital e tem expectativa de melhora na administração das provisões/contingências.

Saneamento

O banco está otimista com a Sabesp (SBSP3). Analistas destacam a boa assimetria e potenciais melhorias que a nova administração pode fazer na companhia.

Além disso, existe a possibilidade de privatização, que poderia levar “a um forte turnaround operacional” para a companhia, na opinião do Santander.

A instituição afirma que o evento mais importante para a tese da empresa de saneamento em 2023 é a possibilidade de privatização. A expectativa é de que o novo governo inicie logo mais os estudos para dar início ao processo.

Recomendações e preços-alvo

O Santander tem recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para as ações citadas acima.

Os preços-alvo estipulados para o fim de 2023 são: R$ 37,17 (Equatorial), R$ 36,65 (CPFL), R$ 34,48 (Alupar), R$ 54,70 (Eletrobras) e R$ 83,75 (Sabesp).

O Santander aproveitou para elevar as recomendações de Cemig (CMIG4) e Transmissão Paulista (TRPL4) para “neutro”, com preços-alvo de R$ 11,87 e R$ 23,89, respectivamente.

O banco também rebaixou a AES Brasil (AESB3) para “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a “venda”). O preço-alvo indicado é de R$ 9,05.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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