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Casas Bahia (BHIA3) fecha 1T24 com prejuízo de R$ 261 milhões

08 maio 2024, 19:50 - atualizado em 09 maio 2024, 0:48
Casas Bahia
A Casas Bahia destaca ainda o menor consumo de caixa em cinco anos, de R$ 182 milhões (Imagem: Casas Bahia/Divulgação)

A Casas Bahia (BHIA3) encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 261 milhões, melhora de 12% ante os R$ 297 milhões do mesmo período do ano passado.

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O número veio melhor do que esperado do consenso da Bloomberg, que aguardava prejuízo de R$ 297 milhões.

Mesmo com o prejuízo menor, a receita líquida fechou o trimestre em R$ 6,3 bilhões, queda de 13,7%. O Ebitda ajustado encolheu 7,5%, para R$ 387 milhões. A margem Ebitda também recuou, a 6,1%, queda de 3,1 pontos percentuais.

A margem bruta, por outro lado, cresceu pelo terceiro trimestre seguido, a 30%. No quarto trimestre de 2024, o número foi de 27,6% e no terceiro 23%.

A Casas Bahia destaca ainda o menor consumo de caixa em cinco anos, de R$ 182 milhões.

A empresa, uma das maiores e mais tradicionais varejistas do Brasil, passa por dificuldades financeiras. Apesar disso, a empresa conseguiu alívio com bancos ao entrar em uma recuperação extrajudicial que, por hora, afasta o risco de uma recuperação judicial.

Ao todo, foram renegociados R$ 4,1 bilhões, o que segundo especialistas reduz a pressão de curto prazo no caixa da companhia.

“O primeiro trimestre está vindo melhor do que o esperado, mas a nossa expectativa não é um salto de um trimestre para o outro. É uma melhoria gradual”, afirmou o CEO Renato Franklin, à Reuters. “Nós prometemos que vamos terminar o ano como empresa sustentável e rentável, mas não se vira um transatlântico em um trimestre.”

CEO da Casas Bahia reforça menos despesas

De acordo com o presidente-executivo da companhia, a queda na receita reflete a estratégia de sair de categorias de produtos não rentáveis, focando em itens como eletrodomésticos, celular, televisão, imóveis, segmentos que a empresa “faz bem” e “ganha dinheiro”.

Ele citou que houve também uma melhora gradual durante o trimestre e que a performance da companhia está “rodando muito bem em março”, acrescentando que abril acompanhou março. Em maio, a expectativa é de que essa evolução siga, particularmente porque inclui o Dia das Mães, a segunda data mais relevante para o varejo.

“Nosso compromisso, mais do que com a receita, é com a rentabilidade“, reforçou, dando destaque para a queda nas despesas, em particular de pessoal, após o fechamento de 57 lojas — sendo duas unidades no primeiro trimestre do ano — e readequação de cinco centros de distribuição.

“Isso (menos despesa) vai trazer um outro equilíbrio para a rentabilidade, para a última linha (do balanço) da companhia.”

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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