Economia

4 fatores que explicam por que a inflação deve cair em 2022

10 jan 2022, 11:04 - atualizado em 10 jan 2022, 11:04
Mérito duvidoso: economia fraca é um dos fatores para conter a inflação, segundo a Rico (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

A inflação no Brasil, um dos grandes vilões para a economia doméstica no ano passado, deve começar a perder força agora. A Rico Corretora vê um processo de desinflação ao longo de 2022, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) caindo para 5,2% até o fim do ano e voltando à meta do Banco Central (BC), em 3,25%.

De acordo com a nova edição do Boletim Focus, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (10), especialistas estimam que o IPCA fechou 2021 a 9,99%. Para 2022, a expectativa de alta do indicador foi mantida em 5,03%.

A Rico destaca que os preços vão subir de maneira mais lenta, com alguns setores – energia elétrica, por exemplo – até apresentando queda.

De acordo com a corretora, quatro principais fatores explicam por que a inflação provavelmente recuará no país: (i) queda nos preços das commodities; (ii) atraso dos efeitos reais da alta dos juros (o aumento da Selic demora aproximadamente nove meses para ser sentido pelo consumidor); (iii) economia mais fraca; e (iv) real menos desvalorizado.

Para onde vai o dólar?

Apesar de projetar um real perdendo menos valor, a Rico tem perspectiva de que a moeda brasileira atinja R$ 5,70 por dólar ao longo de 2022.

De acordo com a Rico, o real poderia estar mais valorizado neste momento, mas não está devido ao risco que é visto em investir no Brasil, dada a atual situação política fiscal do país.

Além disso, mesmo com os juros chegando no patamar de dois dígitos, o que poderia atrair mais capital estrangeiro para cá por conta dos juros menores no restante do mundo, as eleições para a presidência pressionam a moeda brasileira.

Para 2023, com o fim da corrida presencial, a Rico vê espaço para uma leve, porém gradual valorização do real, com o dólar caindo para R$ 5,30 no período.

As estimativas para a Selic são de que continue subindo. A Rico espera que a taxa básica de juros fique em 11,5% em março e permaneça neste patamar até, no mínimo, as eleições de outubro.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa é de que tenha crescimento zero em 2022 e se recupera em 2023, com crescimento de 1,2%.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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