Economia

66% dos brasileiros não transformou FGTS e 13° em consumo, diz pesquisadora da FGV

27 jun 2022, 12:39 - atualizado em 27 jun 2022, 12:39
consumo economia
Entre as famílias com renda mensal abaixo de R$ 2.100 com intenção de acessar os recursos, 42,3% vão quitar dívidas (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Dentre os brasileiros com direito ao saque de até R$ 1 mil do FGTS e antecipação do 13° salário para aposentados e pensionistas do INSS, 66,9% não vão transformar o valor em consumo, mas usar o dinheiro para quitar dívidas ou poupar, concluiu um estudo da Viviane Seda, economista da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Conforme o levantamento, que teve como base a Sondagem do Consumidor da FGV, menos de 25% dos entrevistados vão utilizar os recursos para consumir bens ou serviços.

Entre as famílias com renda mensal abaixo de R$ 2.100 com intenção de acessar os recursos, 42,3% vão quitar dívidas, e outros 28,6% pretendem poupar o dinheiro.

Viviane avalia que “o impacto desejado pelo governo [de aquecer a economia] ao aprovar as medidas não será alcançado”, disse em entrevista ao Valor Econômico.

Dentre os motivos para o deslocamento da renda das famílias, a economista citou os preços mais altos, com a disparada da inflação; e o alto nível de endividamento da população.

A parcela de inadimplentes, aqueles que têm contas ou dívidas em atraso, chegou a 28,7% das famílias brasileiras em maio, a oitava alta consecutiva do indicador, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (CNC).

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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