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7 protocolos DeFis para fazer o dinheiro render; entenda os ganhos, riscos e benefícios desse setor

02 fev 2022, 15:20 - atualizado em 02 fev 2022, 15:20
Simbolo #DeFi aparece escrito em azul em uma tela
Fonte: Shutterstock

Existem diversas maneiras de gerar renda passiva no mercado de criptomoedas. Esse setor no mercado é chamado finanças descentralizadas, ou DeFi. As principais modalidades, e mais práticas, são:

  • O fornecimento de liquidez (staking em piscinas de liquidez): É quando o detentor de um criptoativo trava ele em um protocolo de modo a fornecer liquidez para o mesmo. O investidor que fornece a liquidez recebe uma porcentagem em cima das taxas de transações realizadas no protocolo. Também chamado Yield Farming, nesse processo o protocolo DeFi consegue ter uma maior liquidez em transações “peer-to-peer”, ou de ponta a ponta, pois não é necessária uma ordem de compra para encaixar em uma ordem de venda naquele mesmo segundo.
  • O empréstimo de ativos descentralizados (lending): ocorre quando o detentor dos criptoativos trava ele em uma plataforma especializada em empréstimos. Na prática, o investidor vai disponibilizar seus criptoativos para outra pessoa tomar emprestado, e irá receber uma porcentagem em cima das taxas dos tomadores.

Existem diversos protocolos – ou plataformas – de finanças descentralizadas no mercado. O caminho mais recomendável pelos analistas para escolher um de forma coerente com sua tese de investimento, e realizar essas operações seria:

  1. Estudar, e escolher, uma rede de contratos inteligentes que se encaixe em sua estratégia de investimento (Ethereum, Solana etc);
  2. Estudar o ecossistema da rede, e encontrar um protocolo de finanças descentralizadas nela;
  3. Escolher dentro desse protocolo onde e quais de seus criptoativos são interessantes travar, e estudar a economia interna dele.

A recompensa em realizar essas operações é recebida geralmente em tokens nativos da plataforma DeFi da qual o usuário está utilizando os serviços. É importante prestar atenção em algumas coisas antes de escolher onde irá investir seus criptoativos, como a consolidação do protocolo DeFi, e a economia interna dele.

O investidor irá receber na forma do criptoativo da plataforma – e consequentemente estará sujeito a sua volatilidade – portanto é importante conhecer a utilidade dele dentro do protocolo DeFi.

Um protocolo DeFi que seja consolidado no mercado de criptoativos tende a sempre ter a liquidez necessária para pagar os contribuintes.

Entretanto, os menores tendem a pagar uma porcentagem maior para quem fornecer liquidez. Essa política é chamada de “liquidity minining” – ou mineração de liquidez – e é usada no curto e médio prazo por protocolos que estão começando no mercado, e querem ter a liquidez necessária para se consolidar.

Um dos meios de analisar um protocolo DeFi é verificar seu valor total de ativos travados (TVL). Esse valor vai mostrar a quantidade de liquidez em um determinado protocolo. Existem sites que organizam essas informações – que são públicas na blockchain – como DefiLlama e Defirate.

Agora que foram ditos as modalidades dos protocolos DeFi, os riscos e como analisá-los, veja abaixo alguns dos principais do mercado de criptoativos e quais modalidades de renda passiva atendem:

1. Aave

O protocolo Aave é uma plataforma de empréstimos – ou lending – e tem compatibilidade nas redes da Ethereum (ETH), Avalanche (AVAX), Polygon (MATIC), e existem planos de sua entrada em outras redes que utilizam a Máquina Virtual da Ethereum (EVM), como o ecossistema da rede Fantom (FTM).

A plataforma é bem consolidada no mercado. Sua usabilidade e liquidez robusta são fatores que podem trazer um maior conforto ao investidor que deseja emprestar seus ativos. Seu TVL é de mais de 20 bilhões de dólares, somado todas as redes em que está presente hoje. Seu token de gorvanança é o $AAVE

Aave TVL
Histórico do TVL da Aave até janeiro de 2022 (imagem: DefiLlama/Reprodução)

2. Compound

O Compound também é uma plataforma de lending que funciona apenas no ecossistema da Ethereum. Entretanto, é bem consolidado e é uma rede bastante líquida e utilizada por investidores.

Seu TVL, de quase U$ 7 bilhões, é utilizado recorrente. A prova disso são seus U$ 4 bilhões em empréstimos tomados (borrowed) por usuários da plataforma. O token de governança desse protocolo é o $COMP.

Histórico do TVL da Compound até janeiro de 2022 (imagem: DefiLlama/Reprodução)

3. Raydium

A principal corretora descentralizada (DeX) da rede Solana. Um caminho para o investidor que queira se expor a uma tese de crescimento da Solana.

A renda passiva se da fornecendo liquidez para a corretora, e recebendo uma porcentagem em cima das taxas de transações da mesma. As recompensas geralmente são recebidas em $RAY, o token da DeX.

Histórico do TVL da Raydium até janeiro de 2022 (imagem: DefiLlama/Reprodução)

A rede Solana vem sofrendo com ataques DDoS, ou seja, múltiplas transações feitas em poucos segundos para congestionar, ou derrubar a rede, por isso a queda no TVL.

Em redes onde as taxas são baratas, essa categoria de ataque é mais plausível. Analistas vem discutindo sobre como a Solana vem respondendo a tudo isso. No primeiro ataque, ano passado, a rede ficou 15 horas offline. Entretanto, nos ataques seguintes a rede apenas apresentou lentidão.

4. Uniswap

Da mesma forma que a Raydium permite que o usuário forneça liquidez para a corretora, e seja recompensado por isso, a principal DeX da rede da Etherem também tem essa opção, mas paga em $UNI. A Uniswap tem a vantagem de ser uma corretora consolidada em uma rede consolidada, embora as taxas da rede Ethereum ainda sejam pouco amigáveis.

A Uniswap é compatível e usada nas soluções de segunda camada da Ethereum, como Arbitrum, Optimism e a Polygon.

Histórico do TVL da Uniswap até janeiro de 2022 (imagem: DefiLlama/Reprodução)

5. Lido

O protocolo Lido é compatível com a rede Ethereum, Terra e Solana. É uma plataforma focada em fornecer liquidez através da modalidade de staking em piscinas de liquidez. O protocolo ainda é relativamente novo, mas vem chamando bastante atenção de novos usuários que buscam rendimentos. Seu token de governança é o $LDO.

Histórico do TVL da Lido até janeiro de 2022 (imagem: DefiLlama/Reprodução)

6. Beethoven-x

Esse Market Maker é bem recente, e está localizado na rede da Fantom, que também é bastante nova. O protocolo é um formador de mercado: significa que deixa você investir em uma piscina de liquidez com diferentes criptoativos – e seguir o valor deles -, bem semelhante a um fundo de índice do mercado tradicional.

O investidor necessita ter apenas um dos tokens presentes nesse “ETF” e – assim que o investir – o formador de mercado vai redistribuir entre os demais presentes no fundo.

A distribuição é feita de maneira automática conforme previamente explicito na piscina de liquidez que o investidor escolheu. Após o processo, o investidor recebe um token – que funciona como uma “cota” – e sua participação naquele piscina de liquidez estará representada alí.

Caso o investidor queira, poderá também fazer o stake dessa “cota”, e receber recompensas na forma do criptoativo nativo desse protocolo, o $BEETS. Essas recompensas serão uma porcentagem em cima das taxas do protocolo Beethoven-x.

Mas é importante frisar que é um protocolo novo, e existem riscos maiores em relação a consolidação e o pagamento dos contribuintes.

Histórico do TVL do Beethoven-x até janeiro de 2022 (imagem: DefiLlama/Reprodução)

7. Benqi

Esse é um protocolo de lending da rede Avalanche. Também se trata de uma plataforma bastante recente, construído em uma rede que ainda está ganhando espaço no mercado. O lançamento do token de governança dessa plataforma ($QI) aconteceu pela Binance, em um de seus “launchpools”. Mesmo novo, o protocolo já acumula mais de um bilhão de dólares em valor travado.

Histórico do TVL do Benqi até janeiro de 2022 (imagem: DefiLlama/Reprodução)

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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