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71% das pessoas mais ricas do mundo investiram em criptoativos em 2021, diz estudo

10 jul 2022, 16:00 - atualizado em 07 jul 2022, 16:41
Criptoativos
O cenário econômico de 2021 favoreceu o investimento em ativos não tradicionais, como criptoativos e commodites. (Imagem: Pexels/RODNAE)

O ano de 2021 favoreceu o enriquecimento da população mais rica do mundo.

Dados do levantamento “The World Wealth Report 2022”, da Capgemini, apontaram que sete a cada dez pessoas (71%) do grupo de mais ricos do mundo investiram em criptoativos em 2021.

Segundo especialistas ouvidos pelo InvestNews, o cenário econômico favorável do ano passado aumentou o apetite desse setor da sociedade por diversificação e maior rentabilidade em opções de investimento longe do tradicional.

O ano passado possibilitou oportunidades para especulação de diferentes tipos de ativos, como ações, criptoativos e commodities, devido às menores taxas de juros da época, aponta o professor de economia da ISAE/FGV, Robson Gonçalves.

O professor acrescenta que as oportunidades de ganhos especulativos estão mais disponíveis – e em maior escala – para aqueles que já são ricos. Porém, esses ganhos “estão sendo rapidamente revertidos agora, a exemplo o declínio muito forte das criptomoedas”, disse ele ao InvestNews.

Além da queda dos criptoativos, o aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) deverá colocar um ponto final no ciclo de alta especulação, segundo Gonçalves.

Com isso, ativos considerados mais tradicionais, como renda fixa, por exemplo, tendem a atrair mais investimentos.

2021 favoreceu criptoativos

O ano passado foi marcado por pacotes governamentais de estímulo econômico, taxas de juros baixas e também ganhos nos mercados de ações, com Nasdaq e S&P 500, por exemplo, concluindo 2021 com ganhos acumulados de 21,4% e 27%, respectivamente.

Em meio a esse momento favorável, a maioria das pessoas de alta riqueza líquida individual procurou investir em criptoativos, reunindo mais investidores com menos de 40 anos.

Segundo Idean Alves, sócio da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, esse acontecimento se deu na população mais jovem e rica por ela já aderir a esse tipo de investimento, vinda de uma cultura de liquidez e de proximidade com o mundo digital.

Criptoativos em risco no atual cenário?

Neste ano, o cenário macroeconômico está bem diferente do momento favorável registrado em 2021 por diversos fatores.

Alguns deles são a guerra na Ucrânia, que tem pressionado preços pelo mundo; aumento da inflação, que desafia os bancos centrais; além de lockdowns na China, que geraram gargalos na produção.

De acordo com o líder de Gestão de Risco da Oby, Eliseu Hernandez, a soma desses fatores ao aumento da taxa de juros e menor liquidez faz com que investimentos alternativos e os de alto risco, como criptoativos e ações de tecnologia, se tornem menos atrativos.

“Pode acontecer que o investimento da moda vire o patinho feio”, diz Hernandez.

Mais ricos ficam ainda mais ricos

O levantamento feito pela Capgemini também apontou que a população das pessoas mais ricas – aqueles que têm alta riqueza líquida individual – cresceu 7,8% no ano passado, e a riqueza dessas pessoas aumentou 8% no mesmo período, devido à recuperação das economias e investimentos na época.

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Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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