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90% das empresas estão trabalhando com stablecoins, diz levantamento feito pela Fireblocks

16 maio 2025, 14:06 - atualizado em 16 maio 2025, 14:09
Stablecoins e o dólar empresas já testam transações com moeda tokenizada (Imagem ChatGPT)
Stablecoins e o dólar empresas já testam transações com moeda tokenizada (Imagem ChatGPT)

As stablecoins têm se apresentado como um setor promissor na nova fase do mercado de criptomoedas. E um estudo da Fireblocks, empresa especializada em infraestrutura e tecnologia cripto, mostrou que 90% das companhias entrevistadas estão trabalhando com essas moedas com lastro em ativos do mundo real. 

As stablecoins mais populares são aquelas que têm paridade com moedas como o euro ou o dólar, ainda que existam aquelas com lastro em ouro ou outras commodities.

Assim, essas moedas servem como meios de pagamento em um ambiente seguro da blockchain. O relatório, chamado State of Stablecoins 2025, mostra que houve um impulso de transações com stablecoins no último ano. 

“Em 2024, stablecoins representaram quase metade do volume de transações na plataforma Fireblocks, demonstrando sua importância na modernização de pagamentos globais”, diz o relatório, lembrando que a plataforma processa 15% do volume global de stablecoins, com mais de 35 milhões de transações por mês.

As stablecoins na indústria hoje

Dessa forma, segundo o relatório da Fireblocks, a indústria tem avançado no uso de stablecoins, ainda que o mundo ainda precise de alguma regulação nesse sentido

Uma das aplicações mais imediatas das stablecoins é em pagamentos transfronteiriços, abrangendo remessas, transações business-to-business (B2B) e tesouraria interna.

Nesses casos, as stablecoins oferecem velocidade, eficiência de custo e disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana. “Incomparáveis, em contraste”, diz o relatório, “com os sistemas legados fragmentados que geram atrasos, falta de transparência e altos custos de câmbio”.

Já para os bancos, stablecoins são um caminho para a modernização dos sistemas e podem ajudar a recuperar participação de mercado — perdida para fintechs.

Um exemplo é a Eurite (EURI), uma stablecoin em euro que se orgulha de estar compatível com o MiCA — como é conhecida a regulação de ativos digitais na União Europeia —, que permite pagamentos transfronteiriços mais rápidos e outras utilidades.

Por último, os principais benefícios citados pelos entrevistados para o uso de stablecoins incluem liquidação mais rápida (48%), liquidez aprimorada (33%) e fluxos integrados (33%).

É curioso observar que a economia de custos aparece em último lugar entre os benefícios, com 30%. “Isso destaca uma mudança de foco para desempenho, controle e escalabilidade como objetivos primários”, diz o relatório.

Problemas regulatórios

Como dito anteriormente, a questão regulatória é um problema para a indústria. Um arcabouço do gênero e o estabelecimento de padrões de atuação são vistos como catalisadores de adoção.

O levantamento apontou que 9 em 10 citam clareza regulatória e padrões como fator de adoção das stablecoins nos negócios.

Preocupações regulatórias e de conformidade foram reduzidas em mais de 50% desde 2023 com o avanço das regulações até aquele ano. Além disso, os entrevistados viram um aumento da regtech (tecnologia regulatória, em tradução livre), análise de cadeias virtuais e ferramentas de automação.

Na América do Norte, 88% das empresas veem as próximas regulamentações sobre stablecoins como um sinal verde, não uma barreira. Entenda porque as criptomoedas são um pilar da criptoeconomia.

Vale lembrar que o Senado dos Estados Unidos recentemente falhou em passar a lei que regulamenta o segmento de stablecoins no país, o chamado GENIUS Act. Além de criar uma base regulatória para o mercado de criptomoedas com lastro no dólar, a medida também visa estabelecer um arcabouço para a inovação no setor de ativos digitais.

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