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A 4% do topo: O que falta para o bitcoin (BTC) superar o recorde histórico de preço? Veja opinião de especialistas

20 maio 2025, 14:33 - atualizado em 20 maio 2025, 14:33
Bitcoin (BTC) se aproxima das máximas históricas. (Imagem ChatGPT)
Bitcoin (BTC) se aproxima das máximas históricas. (Imagem ChatGPT)

O bitcoin (BTC) ganhou os holofotes nos últimos dias, não apenas por ter superado o patamar psicológico dos US$ 100 mil, mas também porque está a um salto de aproximadamente 4% de suas máximas históricas de preço, de US$ 109.114,88

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Apesar de uma valorização de 4% ser relativamente fácil para uma criptomoeda, existem algumas barreiras a serem ultrapassadas antes de novas máximas históricas.

Antes de mais nada, é preciso entender o que levou o bitcoin até esse patamar.

“O BTC se aproximou de sua máxima histórica, impulsionado pela contínua adoção institucional, evidenciada por aquisições significativas de empresas como MicroStrategy, Metaplanet e Méliuz aqui no Brasil. A inclusão da Coinbase no índice S&P 500 também reforça a legitimidade do mercado cripto”, explica Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management.

Já para André Franco, CEO da Boost Research, o cenário macroeconômico está positivo por uma série de razões. “As tarifas nos Estados Unidos tiveram uma pausa de 90 dias, o cenário de possibilidade de corte de juros ainda deve acontecer neste ano, e a questão regulatória nos EUA andando muito bem, inclusive com a aprovação do Genius Act”.

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Em outras palavras, o cenário macroeconômico é bastante favorável para a maior criptomoeda do mundo, portanto, não é algo que “falte” para o bitcoin buscar preços mais elevados.

Assim, Franco explica que, nesse contexto, o bitcoin tem um período de 90 dias para alcançar novas máximas.

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Bitcoin (BTC) daqui para frente

Quem faz observações do ponto de vista mais técnico e olhando os preços do bitcoin é Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil. “O BTC permanece dentro de um canal ascendente de médio prazo, mas enfrenta uma resistência significativa na faixa dos US$ 107 mil”, comenta.

Ele explica que a região de US$ 102 mil tem se mostrado um suporte crítico, e sua manutenção será fundamental para evitar uma correção mais acentuada.

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Para Prado, as liquidações recentes de mais de US$ 675 milhões criaram “zonas de liquidez” — isto é, níveis de suporte e topos de resistência de preço — nos patamares de US$ 102 mil e US$ 107 mil.

“Caso o suporte atual se sustente, o bitcoin pode retomar a tentativa de rompimento da resistência, mirando inicialmente a máxima histórica em US$ 109 mil”, explica quele. “Um rompimento bem-sucedido abriria espaço para novos alvos em US$ 122 mil e US$ 124 mil, conforme projetado por analistas técnicos”.

As pedras no caminho

No entanto, os três executivos estão com o “otimismo cauteloso”, no jargão do mercado, para o preço do bitcoin.

“O cenário macroeconômico global apresenta desafios que limitam esse avanço [do preço do bitcoin], como foi o rebaixamento do rating de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s, de Aaa para Aa1, devido ao aumento da dívida federal e déficits persistentes’, explica Fleury, da QR Asset Management.

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Para ele, ainda há muita incerteza no ambiente macroeconômico global, criando um contexto de volatilidade que influencia os mercados tradicionais e os criptoativos.

Do outro lado, Franco, da Boost Research, acredita que para o mercado ter “aquela boa pernada”, somente um cenário de corte de juros mais próximo. Lembrando que a expectativa do mercado é de que os cortes comecem em setembro deste ano.

“Se ocorresse um adiantamento para junho, ou mesmo qualquer período antes de setembro, já seria o potencial para termos uma boa pernada do BTC”.

Por fim, Prado, da Bitget, ressalta que uma eventual perda do suporte em US$ 102 mil pode desencadear movimentos de correção mais intensos, especialmente se o fluxo institucional recuar ou se novos choques macroeconômicos surgirem no radar.

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“Em resumo, o momento exige atenção redobrada dos investidores, que devem acompanhar de perto tanto os indicadores técnicos quanto os desdobramentos macroeconômicos”.

Vale dizer que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e o investidor deve manter uma parcela responsável do seu portfólio em ativos digitais.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.