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A evolução das plataformas de contratos inteligentes continua em 2020

08 jan 2020, 12:57 - atualizado em 26 maio 2020, 10:29
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Plataformas e protocolos continuam crescendo, se fundindo ou adquirindo outras para aumentar sua participação no mercado (Imagem: Money Times)

Nos últimos meses, plataformas de contratos inteligentes tiveram um aumento apesar do mercado estagnado.

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Ethereum estabeleceu um próspero ecossistema de DeFi, detentores de tokens tezos podem fazer o soft-stake de tezos em diversas plataformas, Binance Chain viu vários projetos migrarem ou serem lançados em sua plataforma e Tron anunciou várias novas parcerias.

Este artigo irá apresentar o que podemos esperar das principais plataformas de contratos inteligentes em 2020.

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Ethereum anunciou atualizações, Constantinopla e Istanbul, a fim de finalizar a transição completa para a Ethereum 2.0 (Imagem: Medium/TonHor)

Atualizações planejadas pela Ethereum

Ethereum Foundation vai continuar atualizando o blockchain da Ethereum para a Ethereum 2.0.

Em 2019, Ethereum implementou duas grandes atualizações: Constantinopla e Istanbul. A mais recente, Istanbul, foi acrescentada ao blockchain da Ethereum em dezembro.

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Após essas significativas atualizações, membros da comunidade se surpreenderam quando a Ethereum Foundation anunciou, dois dias antes do Natal, que haveria outra atualização no dia 1º de janeiro de 2020.

Os desenvolvedores disseram que a atualização Muir Glacier foi criada para adiar a “bomba de dificuldade” integrada no software da rede.

Independente do algoritmo de dificuldade, a bomba de dificuldade foi criada para alterar, progressivamente, a dificuldade de mineração em períodos específicos até mineradores sentirem seu efeito

A atualização Muir Glacier vai adiar a bomba de dificuldade, o que pode afetar negativamente a implementação de futuras atualizações em direção à Ethereum 2.0.

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Ethereum Foundation respondeu às críticas do anúncio repentino da hard fork Muir Glacier ao declarar: “Uma característica importante da abordagem quase sem estado é que essas mudanças não necessariamente resultam em grandes mudanças de bifurcações drásticas. Por meio de melhorias pequenas, testáveis e incrementais, é possível criar componentes sem estado da Ethereum em um subprotocolo complementar ou como uma série de Propostas de Melhoria para a Ethereum (EIPs) não controversas em vez de grandes atualizações com ‘voto de confiança’”.

Além disso, em 2020, é provável que veremos várias atualizações conforme o foco da Ethereum em atingir maior taxa de transferência, latência e velocidade enquanto dá prioridade à descentralização.

É provável que veremos também a solidificação da liderança da Ethereum no mercado DeFi, uma posição que surgiu em 2019.

Quase no fim do ano passado, a Ethereum divulgou que mais de 2% de todos os ethers em circulação estão sendo usados em aplicações relacionadas a DeFi, como a MakerDAO, Synthetix e IDEX.

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EOS, projeto da Block.One, também expandiu, principalmente no setor de games em blockchain (Imagem: Crypto Coin Growth)

EOS em 2020

2019 foi um ano desafiador para EOS, da Block.One.

A empresa finalizou a mais longa ICO do mundo em junho de 2018 e foi considerada por muitos como uma “Ethereum Killer” (termo dado para blockchains descentralizados que fornecem os mesmos serviços que a Ethereum, mas que têm o potencial de substituí-la).

No entanto, 2019 trouxe desafios significativos para EOS, desde questões jurídicas a disputas internas e polarizadas.

Em 2019, a Block.One entrou em um acordo com a SEC por ter realizado uma venda de valores mobiliários não registrados.

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Além disso, o sistema de governança da EOS foi extremamente criticado, surgindo relatos de que sua DPoS, “delegated proof-of-stake” (“prova de saldo delegada”), não era eficaz e favorecia fraudes e desigualdade democrática.

Em 2019, por exemplo, um produtor de blocos chamado games.eos falhou em apresentar uma proteção contra a execução de programas maliciosos (“application blacklisting”). Isso facilitou o roubo de 2,09 milhões de EOS, aproximadamente US$ 7,25 milhões.

Em 2020, é provável que as questões sobre centralização continuem. Por enquanto, a maioria dos produtores de bloco de blockchain estão na Ásia, e oito dentre as 21 principais são da China.

EOS planeja lançar uma versão beta para Voice, a tão aguardada plataforma de rede social descentralizada, no dia 14 de fevereiro. Isso vai melhorar a postura do projeto se o lançamento for bem-sucedido. No entanto, vai ser bem difícil enfrentar as plataformas sociais já existentes.

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Em 2019, várias corretoras forneceram suporte para staking de Tezos (Imagem: TQ Tezos)

Tezos busca por desenvolvedores

2019 foi um ano bem-sucedido para Tezos em relação à atividade de preço e adesão. Muitas grandes plataformas cripto adotaram a criptomoeda nativa da Tezos como uma moeda de staking. Coinbase, Ledger e Kraken fornecem suporte para o staking de tezos.

Após os anúncios, as plataformas de negociação viram um aumento no cadastro em suas plataformas.

Detentores de tezos que fazem o stake de seus tokens recebem cerca de 7% em rendimento sobre investimento (ROI) anualmente (sem considerar as taxas cobradas pelo fornecedor do serviço de staking).

Em 2020, é provável que a Tezos mude o foco para o aumento na atividade de desenvolvimento. A plataforma tem alguns dos menores números de desenvolvimento em comparação a outros ecossistemas de contratos inteligentes.

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É possível que isso seja um foco-chave para o blockchain conforme mais dapps sejam utilizadas que, por sua vez, afetam o preço de seu token e o sucesso futuro da plataforma.

Binance Chain é um projeto de blockchain que serve como uma alternativa para a emissão, utilização e negociação de criptoativos de forma descentralizada (Imagem: Binance)

Binance Chain continua crescendo

Em fevereiro de 2019, Binance anunciou Binance Chain, uma plataforma baseada em blockchain na qual seria possível emitir, usar e negociar criptoativos de maneira descentralizada. Na Binance Chain, a plataforma também lançou Binance DEX, uma corretora descentralizada.

É possível que a Binance Chain veja mais criptoativos migrarem ou serem lançados em sua plataforma, transferindo, simultaneamente, seu BNB, token ERC-20, para sua própria plataforma.

Vários projetos seguiram a moda e migraram da Ethereum para a Binance, como Mithril e Harmony (ONE).

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Em 2020, veremos essa tendência continuar devido ao foco que a Binance tem com a facilidade de uso, tanto para desenvolvedores como para o público geral.

Tron também é outra empresa que avançou bastante no setor de jogos em blockchain (Imagem: Facebook/TRON Foundation)

Tron em 2020

A empresa de Cingapura teve um grande aumento em 2019 por conta de aquisições e colaborações que fortaleceram sua posição no mercado.

Tron anunciou uma parceria com Swarm, que permite aos usuários emitirem STOs bem-sucedidas na plataforma. Além disso, teve avanços no setor de jogos em blockchain, firmando parcerias com projetos como MixMarvel e Loom.

Vários projetos também migraram para o blockchain da Tron, incluindo a DLive, plataforma de streaming baseada em blockchain, no fim de 2019.

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Justin Sun, CEO da Tron, fez uma live no dia 1º de janeiro e respondeu a perguntas importantes em relação à venda de tokens TRON em posse dos desenvolvedores.

Ele disse que desenvolvedores não iriam se livrar desses tokens e não afetariam negativamente a atividade de preço da criptomoeda em 2020.

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bravenewcoin@moneytimes.com.br