A possibilidade de rali ainda em 2025, segundo analista da Empiricus
O Ibovespa (IBOV) inicia dezembro em queda de 0,3%, refletindo o Boletim Focus e a nova rodada de PMIs, enquanto os investidores aguardam o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Em novembro, o índice acumulou alta de 6,37%.
No Giro do Mercado desta segunda-feira (01), a apresentadora Paula Comassetto recebeu Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, que apontou a possibilidade de um rali de final de ano, “apesar de termos começado esse primeiro pregão de dezembro com um tom um pouco negativo, vindo de uma surpresa do Japão: um recado mais duro em relação aos juros”.
Ainda assim, disse a analista, com a “Super-Quarta”, no dia 10/12, “podemos ter um sinal de alívio monetário aqui no Brasil e nos Estados Unidos, potencialmente, mais um corte”. Segundo Quaresma, esse movimento pode em parte destravar o apetite ao risco no fim do ano.
Boletim Focus
Nesta semana o Boletim Focus mostrou que o mercado ajustou a expectativa de inflação pela terceira semana seguida, recuando para 4,43% em 2025 – o que seria dentro do teto da meta, que hoje está entre 1,5% até 4,5%.
Quaresma, a analista da Empiricus, reforçou que esse movimento de revisão para baixo da inflação já era esperado, “seguindo os indicadores de inflação que estão surpreendendo para baixo, sendo o último deles o IPCA-15”.
De acordo com ela, a expectativa de redução da taxa Selic em 2028, que saiu de 9,75% para 9,50%, também é relevante. “Isso indica uma dinâmica benigna da inflação e uma queda das expectativas de inflação de longo prazo, o que é muito importante para o Banco Central conseguir cortar os juros correntes”.
Mercado hoje
O programa ainda apresentou um contexto geral do Ibovespa (IBOV), com altas significativas de Braskem (BRKM5) e Eneva (ENEV3).
Sobre as baixas, o Giro do Mercado destacou TIM (TIMS3), Rede D’or (RDOR3), Hypera (HYPE3) e Raia Drogasil (RADL3).
Outro destaque foram os anúncios de dividendos. Quaresma explicou que a tributação só vai incidir sobre dividendos declarados pelas empresas a partir de 2026.
Ela ressaltou que qualquer dividendo declarado ainda em 2025 — mesmo que o pagamento aconteça até 2028 — continuará isento da alíquota de 10%. Segundo a analista, é isso que está levando várias companhias a acelerar os anúncios neste fim de ano.