BusinessTimes

ABC Brasil: resultados “decentes” sugerem retorno maior em 2021 e 2022

08 fev 2021, 17:27 - atualizado em 08 fev 2021, 17:27
ABC Brasil ABCB4
O BTG Pactual espera que o ABC Brasil, sob a liderança de Sergio Lulia, acelere seu processo de transformação digital (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A ABC Brasil (ABCB4) divulgou na manhã desta segunda-feira seus resultados do quarto trimestre de 2020. Na avaliação do BTG Pactual (BPAC11), o banco reportou números “decentes”, apesar da queda de 27,2% do lucro líquido contábil. Mesmo caindo para R$ 106 milhões, o montante superou em 32% as estimativas do time de análise.

O BTG disse ainda que o crescimento de empréstimos, o NII (receita líquida de juros) de clientes e as taxas do mercado de capitais bateram as expectativas dos analistas.

Dessa forma, a melhor dinâmica de receita observada no balanço, somada à potencial alta da Selic e ao fato de que o banco está bem provisionado, deve garantir um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) maior em 2021 e 2022.

“2020 definitivamente não foi um ano fácil para o ABC. A taxa Selic caiu para níveis impensáveis e a pandemia causou forte impacto, machucando a receita em um ano de muitos investimentos. O ROE chegou a 8% em 2020 versus uma média de 15% nos dez anos anteriores”, relembrou o BTG.

As perspectivas para este ano são melhores. Além das complicações, o BTG destacou que 2020 marcou o fim da gestão de Anis Chacur como presidente da companhia. O executivo, que está atualmente no conselho de administração, foi substituído por Sergio Lulia Jacob, nome conhecido pelos analistas.

“Sob a liderança dele [Sergio Lulia], esperamos que o banco acelere sua transformação digital, o que também deve expandir a base de clientes e as parcerias”, afirmou o BTG.

Mesmo não sendo um processo rápido, os analistas acreditam que o ABC Brasil conta com as pessoas certas (além de credibilidade) para concluir a digitalização de suas operações. Isso, somado ao valuation barato, justifica a recomendação de compra da ação, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 21.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin