Comprar ou vender?

Ação barata e resiliente: o que esperar do Grupo Mateus?

14 nov 2021, 18:13 - atualizado em 14 nov 2021, 18:13
Grupo Mateus
Segundo a empresa, suas lojas inauguradas desde o quarto trimestre estão com desempenho melhor do que as lojas maduras e já respondem por 21% da receita bruta (Imagem: Divulgação)

Enquanto grandes grupos do varejo alimentar, como Carrefour (CRFB3) e Pão de Açúcar (PCAR3), patinam diante de um cenário mais difícil, o Grupo Mateus (GMAT3) mostra que segue firme em sua expansão.

Apesar da queda de 9,4% no lucro líquido do terceiro trimestre, analistas pontuaram que a empresa cresceu, mesmo com entraves econômicos, como a alta da inflação e o fim do auxílio emergencial

“O Grupo Mateus anunciou os números resilientes do terceiro trimestre em meio a uma perspectiva top down mais desafiadora”, afirma o BTG.

O banco lembra que a rede abriu oito novas lojas no trimestre (quatro no Piauí, três no Pará e uma no Ceará), totalizando 45 nos últimos 12 meses. Segundo a empresa, suas lojas inauguradas desde o quarto trimestre estão com desempenho melhor do que as lojas maduras e já respondem por 21% da receita bruta.

Mesmo com a menor cobertura do auxílio emergencial e uma base de comparação difícil (24% de SSS no 3T20), o crescimento de SSS (vendas nas mesmas lojas) foi de 1,5% no terceiro trimestre e 4,7% no acumulado do ano, “comprovando a resiliência das operações do GMAT”.

Do lado negativo, a Ativa destaca a margem bruta, que caiu 0,3 ponto percentual no ano, enquanto a margem Ebitda encolheu 1,3 ponto percentual — “impactadas pela expansão do atacarejo e pela inflação, respectivamente, e representando um ponto de atenção para os próximos trimestres”.

O BB Investimentos lembra ainda que a rentabilidade foi prejudicada pelo reconhecimento de outras despesas operacionais no montante de R$ 54,5 milhões, relacionados principalmente ao parcelamento do ICMS em função de um estorno de crédito de ICMS no período de 2016 a 2020.

No que se refere ao seu endividamento, o BB observa que a companhia se encontra em sólida posição de caixa líquido equivalente a 0,38x o Ebitda Ajustado, beneficiada pela entrada de recursos do IPO e amortização de empréstimos ao final de 2020.

“O Grupo Mateus segue firme na sua estratégia de expansão e adensamento de rotas já existentes, aproveitando-se de suas fortalezas para manter uma rentabilidade superior à dos pares”, completa a analista Georgia Jorge.

Ainda segundo o BTG, o conhecimento local e a escala da empresa funcionam como barreiras de entrada importantes nos mercados em que opera, “enquanto suas perspectivas de crescimento de longo prazo parecem sólidas (28% de CAGR de lucro líquido até 2025) graças ao seu plano de expansão agressivo”.

Veja as recomendações

Corretora Recomendação Preço-alvo Potencial
Ativa Compra R$ 10,9 51%
BTG Compra R$ 13 81%
BB Investimentos Compra R$ 11,6 61%

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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