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Ação da Blau é mais atraente, inclusive, que a de rivais estrangeiras, e pode saltar 57%

28 maio 2021, 15:54 - atualizado em 28 maio 2021, 15:54
Blau Famarcêutica
Nicho: estratégia de vender diretamente para hospitais é diferencial da Blau, segundo o Itaú BBA (Imagem: YouTube/ Blau Farmacêutica)

O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações da Blau Farmacêutica (BLAU3) com uma visão bastante positiva. Para a instituição, a companhia oferece uma “combinação única de crescimento resiliente e aumento da lucratividade”.

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A recomendação para os papéis é de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 68 até o fim do ano. Isso significa uma alta potencial de 57% sobre os R$ 43,40 com que a empresa fechou ontem (27).

Gustavo Miele, Emerson Vieira e Lucca Marquezini, que assinam o relatório do Itaú BBA, lembram que, nos últimos três anos, a companhia entregou um crescimento médio anual de 23% para a receita líquida, e de 38% para o ebitda. Com isso, a margem ebitda da Blau avançou 710 pontos-base.

“Esse sólido desempenho financeiro é resultado da posição única da Blau no setor farmacêutico, focada em categorias institucionais com demanda estável e elevadas barreiras regulatórias para novos competidores”, afirmam os analistas.

Nicho

Diferentemente de outras empresas do setor listadas na Bolsa, que atuam no varejo de medicamentos ou na produção para a venda em varejo, a Blau fornece seus produtos diretamente para hospitais. A estratégia garante um amplo domínio de mercado à companhia.

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Como exemplo, basta lembrar que sete de suas dez drogas mais vendidas detêm mais de 50% de seus respectivos mercados no Brasil. O Itaú BBA acrescenta que a própria expansão em curso da rede hospitalar contribuiu para o crescimento da empresa.

Os analistas enxergam ainda alguns gatilhos que podem destravar ainda mais valor para a Blau nos próximos anos. Entre eles, a venda de plasma no mercado externo e a aquisição de outras empresas.

Tudo somado, o Itaú BBA aponta que o valuation da companhia é atraente, mesmo quando comparado ao de pares internacionais. Na falta de empresas brasileiras com perfil semelhante, os analistas recorreram à australiana CSL e à indiana Sun Pharma para ter uma ideia do potencial do papel. “Descobrimos que a BLAU3 está negociando com um desconto significativa em relação a esses pares”, afirmam.

O múltiplo Valo da Empresa/Ebitda de 2021 é de 29,4 vezes para a CSL, e de 19,1 vezes para a Sun Pharma. Nos patamares atuais, a Blau é negociada por um múltiplo de 13,2 vezes.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.