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Ação da Eletrobras (ELET3) tem fôlego para continuar subindo, avalia Ativa

23 maio 2022, 13:59 - atualizado em 23 maio 2022, 13:59
Eletrobras
Ativa tem recomendação de compra para a ação da Eletrobras, com preço-alvo de R$ 51 (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

A Ativa Investimentos revisou a tese da Eletrobras (ELET3). Confiante de que ainda existe espaço para ganhos com o processo de capitalização da estatal, a corretora tem recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 51.

Na opinião da Ativa, o investidor pode obter ganho de capital com a valorização dos papéis, pois nem todo o processo de desestatização está precificado.

Mesmo com a mudança na agenda, que estendeu a conclusão da oferta de ações para o segundo semestre do ano (originalmente, a operação estava prevista para maio, e agora deve ir até agosto), a Ativa reconhece o esforço da companhia de agilizar o processo.

A Eletrobras está a apenas dois passos de terminar o processo após a aprovação em segunda passagem pelo Tribunal de Contas da União (TCU), destaca a corretora.

“Faltam apenas a atualização do formulário de referência e a efetiva realização do prospecto da oferta, que depende ainda de consultas à auditor independente, advogados e a realização de um roadshow, que deve ser executado até o término da primeira quinzena do mês de junho”, comentam Ilan Arbetman e Tadeu Lourenço, analistas que assinam o relatório divulgado nesta segunda-feira (23).

“Acreditamos que a companhia se empenhará para terminar o processo até o fim de junho, uma vez que em julho se iniciam as férias no hemisfério norte”, acrescenta a equipe de análise.

Modelo de negócios mais saudável

A Eletrobras dá seguimento ao processo de desinvestimento de alguns ativos. Atualmente, a companhia possui participação em 77 participações societárias, o que representa uma boa redução em relação ao início do processo de alienação, quando possuía investimento em mais de 178 participações societárias.

Além dos desinvestimentos, o cenário no segmento de geração parece melhor, com a Eletrobras ainda se mostrando um grande nome no setor.

“Ao fim do primeiro trimestre de 2022, a companhia dispunha de uma capacidade instalada de 50.491 MW, o equivalente à 28% do total do Brasil”, lembram os analistas. “Do total de sua garantia física, 27% são oriundos do
regime cotista, ao passo que, da energia efetivamente gerada, 22% desse montante são provenientes deste regime, o
que mudará quando no final do processo de capitalização”.

Na divisão de transmissão, a Eletrobras busca aumentar a eficiência das suas operações. A companhia possui quase 40% do total de linhas de transmissão do país e está investindo em melhorias para aumentar sua “robustez sistêmica”.

A Ativa destaca que, no primeiro trimestre, a estatal apresentou redução de 42,9% nos cortes de carga em relação a um ano antes, além de queda nos descontos referentes à parcela variável.

A corretora ainda menciona a alavancagem financeira perto de 1 vez, o que deixa a Eletrobras confortável para realizar aquisições, pagamentos e distribuição de proventos.

Ação barata

A Ativa vê a Eletrobras negociada a 6,9 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda), o que representa um desconto em relação aos pares privados.

Na avaliação dos analistas, o atual patamar de negociação não reflete a “possível evolução positiva de seu Ebitda” com o processo de capitalização.

“Ainda que possa existir alguma volatilidade em seus papéis até a execução da oferta que cravará a diminuição da participação governamental e, até o momento, seja difícil precisarmos os potenciais ganhos operacionais, financeiros e de governança reais advindos do processo, gostamos da relação risco-retorno que o case oferece”, dizem Arbetman e Lourenço.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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