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Ação da Hypera é vitamina contra volatilidade atual

26 abr 2021, 16:44 - atualizado em 26 abr 2021, 17:18
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Os resultados do primeiro trimestre da Hypera foram, no geral, bem recebidos pelos analistas (Imagem: YouTube/Hypera Pharma)

Para investidores que procuram se expor à atual volatilidade do setor de consumo e varejo, a ação da Hypera (HYPE3) é a opção mais resiliente, disse o BTG Pactual (BPAC11).

O banco reiterou a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 42 para a ação da companhia farmacêutica após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre do ano. Os analistas receberam bem os números reportados pela Hypera, que se beneficiou da integração dos portfólios de Takeda e Buscopan.

Com isso, a receita líquida da companhia disparou 43,7% no período ante os primeiros três meses de 2020, totalizando R$ 1,1 bilhão. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também seguiu trajetória semelhante e alcançou R$ 362 milhões, alta de 45,6% no comparativo anual.

A companhia também encerrou o trimestre com lucro de R$ 305 milhões, o que representa um avanço de 28% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Os resultados foram fortes (embora esperados), e apreciamos o guidance anual recentemente anunciado pela Hypera: (i) R$ 5,9 bilhões em receita líquida (em linha conosco e com aumento de 44% ano a ano, beneficiado pela incorporação do Buscopan e da Takeda), (ii) Ebitda de R$ 2 bilhões (também em linha conosco) e (iii) lucro líquido de R$ 1,55 bilhão (7% acima de nossa expectativa)”, destacou o time de análise do BTG.

Os analistas complementaram dizendo que o portfólio de medicamentos OTC (isentos de prescrição) e de prescrição da Takeda agregam valor à tese de investimento da Hypera.

Crescimento orgânico

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O crescimento orgânico da Hypera continuará evoluindo nos próximos meses, afirmou o Inter Research (Imagem: Facebook/Buscofem)

Para o Inter Research, que indicou a compra da ação, com preço-alvo de R$ 44, os resultados confirmam que a Hypera está acelerando seu crescimento orgânico, movimento que continuará evoluindo nos próximos meses.

Já o Safra destacou o forte controle das despesas gerais, administrativas e com vendas. A companhia conseguiu reduzir os gastos relacionados a viagens e visitas médicas, um impacto positivo de curto prazo criado pelo cenário de pandemia de Covid-19 e que deve se manter mesmo passado o período mais grave de infecções e óbitos pela doença.

O Safra, que reiterou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e preço-alvo ao fim de 2021 de R$ 45 para o papel, vê como um gatilho para as ações da companhia a potencial solução do acordo de leniência com a Justiça brasileira.

A Guide Investimentos adotou uma visão mais neutra em relação ao balanço do primeiro trimestre. Segundo a corretora, a Hypera não conseguiu superar as expectativas do mercado, que eram bastante elevadas justamente pela incorporação dos últimos ativos adquiridos.

Ainda assim, a Guide acredita que a Hypera, além de ser negociada a múltiplos considerados interessantes pelos analistas, consegue aliar crescimento com boa distribuição de dividendos e resiliência em momentos de crise.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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