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Ação da Oi vai disparar, mesmo se vender a área de fibra óptica bem barato

29 jan 2021, 15:47 - atualizado em 29 jan 2021, 15:47
Oi OIBR3
Viés de alta: para o BTG, há mais chances de ação da Oi subir, do que de cair, com a venda da área de fibra óptica (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Mesmo que venda sua área de fibra óptica por um valor bem próximo do lance mínimo de R$ 20 bilhões, a Oi (OIBR3) deverá assistir a uma disparada de suas ações na Bolsa. A avaliação é do BTG Pactual, em relatório assinado por Carlos Sequeira e Osni Carfi.

Para a dupla, a forte queda dos papéis da companhia, nesta semana, foi causada por um excesso de pessimismo dos investidores, diante do que interpretaram como falta de interesse de potenciais compradores pela área de fibras ópticas da Oi.

Como se sabe, na terça-feira (26), soube-se que apenas dois grupos apresentaram propostas firmes de compra – um fundo de investimentos gerido pelo próprio BTG Pactual (BPAC11), e a Digital Colony, empresa americana de private equity.

Ao mesmo tempo, rumores indicavam que as ofertas não apresentavam um ágio relevante sobre o preço mínimo. Tudo somado, as ações encerraram aquele dia com um tombo de 7,73%. Nos pregões seguintes, o sofrimento dos papéis continuou.

Viés de alta

Mas, para o BTG Pactual, qualquer que seja o preço pelo qual a área seja vendida, a queda das ações abriu um grande potencial de ganhos. No cenário básico dos analistas, o negócio seria fechado por R$ 24 bilhões, o que colocaria o preço justo do papel em R$ 3,10 – 47,6% acima dos R$ 2,10 com que fechou ontem (28).

No pior cenário estudado pelos analistas, o leilão renderia R$ 21 bilhões, colocando o preço justo da ação em R$ 2,60 – uma alta potencial de 23,8%. Já numa situação intermediária, com R$ 22 bilhões arrecadados, o papel valeria 33,3% mais.

“Vemos a OIBR3 negociando em níveis muito atrativos, com uma perda limitada, se a proposta pela InfraCo ficar próxima do preço mínimo, e um bom upside, se o preço final ficar acima da nossa estimativa inicial”, afirmam os analistas do BTG.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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