Assaí (ASAI3) salta até 7% após forte crescimento no lucro líquido no 1T25; ação pode subir ainda mais?

As ações do Assaí lideram os ganhos do Ibovespa desde o início das negociações desta sexta-feira (9) em reação ao balanço (Imagem: Divulgação)

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As ações do Assaí (ASAI3) lideraram os ganhos do  Ibovespa (IBOV) nas primeiras horas de negociações nesta sexta-feira (9). Na máxima intradia, os papéis atingiram alta de 7,77%.

ASAI3 encerrou o pregão com alta de 3,51%, a R$ 9,73.  Acompanhe o Tempo Real. 

O motivo por trás da forte alta é a reação ao balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25). A rede de atacarejo reportou um lucro líquido de R$ 117 milhões no período, o que representa uma alta de 95% na base anual. 

No período, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado foi de 1,37 bilhão, avanço de 12,7% no comparativo anual, com a margem passando de 7,1% para 7,4%.

A receita líquida somou 18,55 milhões entre janeiro e março, um crescimento de 7,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) aumentaram 5,5% no período, o que representa uma melhora anual de 2,1 pontos percentuais. Excluindo o efeito calendário, o crescimento foi de 3,3%. 

Por outro lado, o Assaí reduziu a projeção de abertura de lojas em 2026 de 20 para 10. Para este ano, o plano permaneceu inalterado, com a previsão de 10 novas lojas. 

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Durante a teleconferência de resultados com analistas, o CEO Belmiro Gomes disse que a mudança no guidance foi necessária para fazer frente ao cenário de juros elevados no Brasil. Ele também disse que espera uma dinâmica semelhante no trimestre atual em relação a dos primeiros três meses do ano, em vendas e em capital de giro.

Balanço positivo

Na avaliação dos analistas, os resultados de Assaí foram positivos e em linha com o esperado. 

A XP classificou os números do 1T25 como “sólidos”, ”com tendências de aceleração do SSS ajustado, embora mascaradas por efeitos de calendário”. Para os analistas da corretora, o balanço aponta para um segundo trimestre “favorável”, apesar do poder de compra dos clientes ainda pressionado. 

Já o Goldman Sachs destacou que o crescimento do SSS melhorou em relação ao quarto trimestre de 2024 (4T24), mas permaneceu abaixo do principal concorrente Atacadão — que reportou crescimento de 6,9% entre janeiro e março deste ano.  

A continuidade do processo de desalavancagem foi o que chamou a atenção dos analistas do BTG Pactual. O Assaí encerrou março com um nível de endividamento de 3,15 vezes a relação entre a dívida líquida e o Ebitda — ante o 3,75 vezes no primeiro trimestre de 2024.  

“O 1º trimestre foi uma leve surpresa positiva para o Assaí, especialmente em termos de marge), e a empresa pôde alavancar” em relação trimestre anterior (4T24), quando a dívida líquida/Ebitda foi de 3,04 vezes, afirmaram Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima em relatório. 

O Assaí pretende encerrar o ano com alavancagem de 2,6 vezes dívida líquida/Ebitda. 

O Bradesco BBI avaliou que a revisão do plano de abertura das lojas reforçou a disciplina financeira da companhia. “Em relação à nova orientação de abertura de lojas, a redução implica em uma menor (aproximadamente 3%) expansão da área de vendas e um alívio  de investimentos de  aproximadamente R$ 800 milhões — o que representa 0,2 vezes a dívida líquida sobre Ebitda”, escreveram os analistas Pedro Pinto e Flávia Meireles. 

Na mesma linha, o Santander afirmou que um menor capex (investimento” e menor alavancagem com a revisão da abertura de lojas em 2026 pode “ter implicações positivas para as estimativas de lucro líquido do próximo ano. 

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Ação ASAI3 pode subir mais?

As ações do Assaí ainda têm potencial para novas valorizações, na visão dos analistas do Bradesco BBI. 

“Após as ações terem subido 64% em 2025, o espaço para continuidade do movimento positivo é naturalmente menor, mas ASAI3 ainda segue oferecendo um rendimento de fluxo  de caixa livre de dois dígitos baixos”, afirmaram em relatório. 

Para o Goldman Sachs, Assaí está bem posicionada para se beneficiar de um crescimento dos lucros no contexto de quaisquer cortes de juros no final de 2025 ou 2026.

Ontem (8), as ações da varejista fecharam cotadas a R$ 9,40. 

Confira as recomendações que o Money Times teve acesso: